Capítulo 26 | Don't play with devil

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Sinclair já encontrava-se no restaurante na hora marcada. Seu cabelo loiro destacava-se entre os demais, além daquela sua aparência de nerd e surfista. Aquilo confundia a merda na cabeça de qualquer um.

Eu olhava a todo segundo para o meu celular. Clair não havia me ligado mais e embora ela pedisse para que eu não fosse a buscar. Eu sentia o meu coração pesar por deixá-la sozinha.

Fodidamente sozinha. Eu tinha essa porra de paranoia com ela. Mas eu não gostava de pensar sobre as ameaças que me fizeram direcionadas a ela.

Antes eu não me importava se eu tinha alguém me ameaçando. Ou até mesmo apontando uma porra de arma para o meio da minha testa.
Mas agora eu tinha Clair e eu me importava como o inferno com sua segurança. Eu amava aquela mulher e eu sentia que algo não estava certo.

Não quando sua mulher não aparece na porra do restaurante e não dá um merda de sinal de vida. Muito menos quando eu não estava com ela sabendo que a estava protegendo.

E isso me fez lembrar da ameaça que Hess fez para ela. Ele me ameaçou com a minha mulher. E aquilo tinha explodido como um inferno dentro de mim.

Eu liguei para o celular dela, mas apenas dizia que estava sem sinal.

Aquilo estava estranho e eu tinha essa merda como se me alertasse que nada ia bem.

—E se ela ainda estiver na casa do irmão?—Sinclair perguntou enquanto bebia o vinho.

—Merda que não. Ela iria me ligar avisando sobre isso!—eu falei enquanto digitava o número do irmão de Clair.

Eu esperei e no segundo toque ele atendeu.

—Clair ainda está aí?—perguntei ansioso.

—Não, ela foi embora faz alguns minutos!...Por que?—ele falou com a voz preocupada.

Eu senti quando minha respiração ficou mais rápida. E quando uma forte dor se instalou no meu peito.

—Eu preciso que ligue para a polícia e avise que ela desapareceu. Eles não vão querer procurá-la, a menos que o tempo do desaparecimento seja de 24 horas. Então fale com o policial Frank. Diga que se ele fizer isso, ele terá pago o favor que me deve.

Elijah falou um rápido "Ok" e desligou logo em seguida. Olhei para Sinclair e ele já sabia o que eu iria dizer a seguir. Ele pediu a conta e logo depois, eu apenas levantei do restaurante e segui para o meu carro.

Esperei Sinclair e então quando ele entrou no carro, eu pisei fundo no acelerador.

Eu iria descobrir o que estava acontecendo e principalmente onde Clair estava. E por alguma razão eu sabia que o filho da puta do Max estava no meio de tudo isso.

E eu juro por Deus que se ele tiver tocado na minha mulher, eu irei matá-lo!

Quando cheguei na entrada do meu apartamento eu rapidamente estacionei, fazendo os pneus do carro, queimarem no chão.

Eu tinha esse apartamento mais afastado do centro da cidade. Lugar onde eu gostava de visitar quando precisava relaxar. Hoje, mais parece uma base de operação com varios computadores e monitores espalhados por todos os lugares.

Sinclair era um hacker. Não apenas um hacker. Mas um dos melhores. Ele podia descobrir sobre qualquer coisa a segundos. E foi assim que descobri que Clair era a pequena garotinha da minha adolescência. No começo da nossa relação eu estava mais preocupado em mantê-la junto à mim do que saber mais sobre seu passado.

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