Capítulo 5 | He

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                   Grant Lockwood

Infernos...Essa menina está acabado comigo!

Desde o primeiro dia que a olhei naquela arena, sentada na primeira fileira olhando tudo a sua volta com certa curiosidade e inocência, era como se um maldito instinto nascesse em meu peito, eu precisava senti-la.

Era como um dia qualquer, onde eu iria fazer uma sessão de treinos e exames, minha próxima luta seria dentre uma semana, precisava me preparar bem, mas desde a última, eu não conseguia me concentrar mais em nada a não ser nos olhos azuis dela.

E em toda aquela porra inocente que ela exalava.

No momento que fixei meu olhar no seu, foi como se uma corrente elétrica ultrapassa-se por todo o meu corpo e me fizesse querer tê-la em meus braços.

Por um segundo pensei em descer daquele octógono e sentir o contato de nossas peles juntas, sentir aqueles lábios rosados e cheios que pareciam me convidar para prova-los.

Ela era simplesmente perfeita, e estranhamente me lembrava a alguém.

Procurei Brad logo após o incidente em que Jones tentou agarra-lá, o que fez meu sangue ferver e uma onda de ciúmes invadir meu corpo.

Não tinha sido algo agradável. Descobri enfim onde ela morava, e mandei descobrirem tudo sobre a vida dela, queria saber sua idade, se estava em um relacionamento, o que fazia. E toda merda que eu podia descobrir sobre ela.

Sim, eu parecia um fodido stalker!

Havia terminado meus treinos, quando escutei Jason me chamar incessantemente, ele olhava fixamente para a imagem que se projetava neste instante a nossa frente pela televisão instalada na academia.

—Que porra?—falei enquanto tinha meus olhos nela, que naquele momento parecia vulnerável. E aquele instinto assassino se apossou do meu corpo.

Voltei meu olhar para Jason que mais demonstrava estar sobre efeito de algumas de suas drogas do que consciente sobre o que acontecia ao seu redor.

—Cara, eles vão comer ela viva!—olhei pra ele que sorria enquanto bebia de um líquido arroxeado em uma garrafa enquanto tragava um cigarro agora pela metade.

Rapidamente eu peguei meu celular e liguei para um dos meus seguranças, mandei-o imediatamente para onde ela estava.

Precisava que eles controlassem parcialmente aquela confusão até que eu pudesse chegar na minha garota.

Que porra eu estava dizendo? O que merda aquela menina estava fazendo comigo?

Depois de tomar um rápido banho e vestir um moletom e casaco, junto ao meu boné e óculos. Peguei as chaves da minha Ferrari.

Chegaria em segundos, e então a tiraria de lá tão rápido quanto uma fodida bala de revólver.

Sentia uma imensa necessidade de protegê-la, e esse sentimento crescia rapidamente em meu peito. Era algo que eu ainda não sabia lidar e era uma porra assustadora.

O local não era distante da academia onde treinava dando-me a vantagem de chegar rapidamente.

Liguei o carro e pisei fundo no acelerador. O motor fez um barulho alto e rapidamente eu já me encontrava nas ruas lotadas de carro.

Um empecilho, talvez. Acelerei e cortei todos os carros que podia, passando por no mínimo três sinais vermelhos.

Eu precisava como uma porra de viciado, sentir ela em meus braços.

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