Capítulo 6 - Tensão Para Matar

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Querido Diário...

Sabe quando você acorda e sente que algo não está normal? Digo, você abre os olhos e percebe que aquele colchão é demasiado mole, o que significa que não é o seu, o que significa que em qualquer outro dia você gostaria e aproveitaria que um colchão tão macio fosse parar atrás de suas costas, mas justamente naquele dia ele fará suas costas doerem.
Então você sente aquela brisa da manhã, sabe? Meio fria com aquele sol fraco batendo no seu rosto. O que te faria dar um ligeiro sorriso e dizer "Que lindo dia!", mas naquele dia o máximo que você consegue dizer é "Puta que pariu ainda é sexta!".

Então você levanta furiosa para olhar pela janela do quarto que não é o seu e apreciar o terreno de Hogwarts tão claro e gostosamente fresco, odiando intensamente o filho da puta que decidiu que aquele dia bonito em que todos pensassem ser sábado na verdade é sexta, o que significa: aula! Destruindo a felicidade e planos que a pessoa poderia vir a ter nesse dia. Não apenas obrigando a pessoa a destruir todas as suas esperanças de dormir até um pouco mais tarde, mas também tornando o maldito dia o

mais longo da semana. E você nunca desejou tanto que o sinal do fim das aulas tocasse logo.
Ou seja, aquele dia que você já acorda odiando alguém, e no caso, alguém que você nem conhece. Então no meio daquele momento em que suas sobrancelhas estão franzidas de raiva você se toca que você não faz a mínima idéia de que horas são. Uma vez que esse não é o seu quarto, o que está na cabeceira não é o seu despertador e que não há uma Lilá Brown dormindo numa cama inexistente ao lado da sua, a quem normalmente você perguntaria que horas são numa situação dessas. Pelo menos quando você ainda dividia o quarto com ela...
Edaí, era só botar a cabeça pra fora do quarto e...

"– Alguém aí embaixo pode me dizer que horas são?

– 06h10min...

– Perfeito... 10 pontos para a Grifinória."

Mas voltando para aquele quarto que não era o seu, você se vira em tamanha velocidade, que te faz bater com o dedo mindinho do pé no pé da cama, o que te faz ver estrelas e soltar um palavrão bem "ão".

– Draco! Dracoo! – você chama enquanto desce a escada até a salinha ainda sentindo seu mindinho dilatar de dor. – Draco! – mas ele não se encontrava nem na salinha debaixo.

Procura então um pouco desesperada por um relógio qualquer naquele ambiente e finalmente acha algo parecido com um.

– Uffa, que bom... – mas o relógio marcava 13h50min – MERDA! – você sobe desesperada as escadas novamente e transfigura uniformes novinhos. Enfia-se no banho e depara com uma água congelante. – Como é que se esquenta essa merda? – você vira todas as torneiras, mas nenhuma parecia querer te dar um banho quente.

Depois disso bota sua roupa de qualquer jeito e procura por uma escova qualquer, mas o máximo que consegue achar é um pentinho do qual imagina Draco devia usar para pentear aquele cabelo aguado dele. Você não sabe porque, mas tal informação te dá muito, mas muitoo ódio dele.
Conclusão: o pente se partiu em dois no meio do seu "cabelinho". Então você sai furiosa porta a fora daquele quarto e se depara com uma cruel realidade. Seus livros se encontram no quarto da monitoria da Grifinória na Torre da Grifinória!

É claro que as chances de você subir 5 lances de escada para pegar os malditos livros eram nulas. Então você aponta sua varinha pro teto e dá um grito histérico sem se importar se o pirralho do Colin Creevey está te olhando de jeito estranho e grita (sim, grita... Porque as suas cordas vocais não se encontram num estado emocional adequado para conseguir a proeza de apenas falar).

Accio Livros de Herbologia, Runas Antigas e Defesa contra as Artes das Trevas! E rápido se não for pedir muito! – então você pousa seus olhos no irritante Colin Creevey que parece ver algo de muito interessante em você. (Por que existem loiros na face da Terra?) – E você?! O que foi?

Apaixonada Pela Serpente 2 (APS2) - A VingançaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang