Capítulo 8 : Comportamento atual da água

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  CAPÍTULO VIII

Comportamento atual da água

Passaram-se 18 meses desde a chegada de PP a Terra.

Começavam agora pesquisas e estudos sobre o comportamento atual da água nas chuvas, rios, alagadiços e igarapés da região.

O alienígena, como sempre, parecia ambientado ao globo e abnegado às suas obrigações, porém, Gonzales já notava nele alguns sinais de certo cansaço... não sabia se devido ao trabalho árduo ou problema orgânico. Surgiam em suas cãs, um pouco mais longos, os primeiros sinais escuros. Estranho – ensimesmava-se Gonzalez – ele se alimenta regularmente e jamais mostrou qualquer sinal de cansaço ou contrariedade moral ou física, embora nunca tenha insinuado um simples sorriso. É meigo, e sempre cordial com todos em seu invejável bom humor.

Três dias após a reunião escolar, acontecia novamente o encontro dos amigos no apartamento de Gonzales.

O relógio apontava 20h34min quando estacionou um veículo na varanda. Eram o professor Waldir e Jonas. Gonzales, bem-humorado, recepcionou-os. Entraram, cumprimentando-se mutuamente, e aguardaram a chegada do alienígena que se encontrava ainda em seu aposento analisando alguns apontamentos.

Célio, animadamente, conversava com os novos participantes recém-chegados, preparando-os para o real intento que ali se desenrolaria. Pouco a pouco os dois se inteiraram dos verdadeiros acontecimentos, mas um tanto descrentes dos fatos que se evidenciariam a seguir. Um olhava para o outro com semblante de surpresa e intensa curiosidade.

Em meio à breve palestra que se prolongava havia mais de quinze minutos surge PP, gesticulando e telepatizando para todos e, a seguir, sendo apresentado aos dois novos participantes amigos que o aguardavam ansiosos.

Gonzales lhe comunicou que eles eram o diretor da escola local e um profissional da usina em que trabalhava. O alienígena demonstrou alegria e manifestou com reverência boas-vindas e progressos aos dois, amistosamente. Foram informados dos fenômenos da telepatia e Waldir, surpreso, começou o diálogo:

– Jamais em minha vida poderia imaginar o encontro com um ser estranho ao nosso meio e ainda em missão de paz e ajuda ao globo. Tenho pesquisado em horas de ócio reais possibilidades de outrora termos sido visitados por indivíduos de outros globos... evidências, creio eu, parece que existiam, e hoje posso comprovar isto. Impressionante!

Mirando-o serenamente, PP reiterou:

– Tendes razão quanto às pesquisas e evidências. Há centenas de séculos tivestes a presença de extraterrenos neste planeta. Se pudésseis retornar um pouco no tempo, perceberíeis magníficas obras erigidas neste globo; obras tais, que naquela época remota os terráqueos se encontravam impossibilitados de tal realização. Olhai para as grandes esfinges erguidas no deserto egípcio, como a de Queóps ou de Gizé, lavrada em pedra com superfície de 17 metros de altura e 39 metros de comprimento em um único bloco; ou os moais, gigantescas lápides de pedra entalhada na Ilha de Páscoa. Observai, ainda, a precisão nas coordenadas matemáticas envolvidas na medição dos elementos siderais que vos separam dos mundos cósmicos mais próximos. Ainda haveis de entender melhor essas maravilhas a que chamais terrenas. Sim, aqui estiveram mesmo antes de vossa longínqua Lemúria, seres de outros globos que viveram e ensinaram obras e doutrinas às quais nenhum conhecimento obtínheis... apenas adoração aos astros, sem propósitos altamente técnicos ou morais em relação a si e ao Universo. É verdade que os princípios eram secretos e só conjugados aos indivíduos "iniciados", porque naquela época pouco se podia intentar, graças à ignorância moral da massa reinante.

Um Enigma na Amazonia - contato   ( livro I)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora