Tio Neco da Venda

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— E você não tinha isso com o Jorge?

— Nem de longe, tia Lu. Quem tem isso é você e a AnaLu, e é bom você parar de ânus glicosado e dar um jeito de resolver a situação – Dizendo isso AnaBea vira de costas e sai como se nada tivesse acontecido me deixando de boca aberta.

Bebo um gole de Ice e faço uma careta. "Que coisa doce! Como conseguem tomar isso? Parece açúcar misturado com água!". Vou até o vestiário ao lado da piscina para fazer xixi. Quando estou lavando as mãos AnaLu entra e sorri para mim.

— Ah, que bom que tem alguém aqui. Lu... – Ela fala virando de costas para mim, sua bunda redonda e durinha quase tocando o meu sexo. AnaLu levanta o cabelo deixando a nuca a mostra. – Desamarra e amarra a parte de cima do meu biquíni de novo que ta frouxa?

Umedeço com a língua meus lábios, agora secos, na tentativa de lubrifica-los.  Me aproximo ainda mais do seu corpo na tentativa de sentir o seu calor, fico a poucos centímetros dela, meus seios nas suas costas. Meus dedos tocaram a sua pele ao desamarrar o biquíni, minha respiração descompassada fazia voar alguns fiozinhos de cabelo da sua nuca, algumas gotículas de suor a deixavam mais apetitosa ainda e a vontade de lamber aquela pele, que eu conhecia tão bem, me fazia fica cada vez mais excitada.

Engolindo em seco refaço o nó notando uma tatuagem nova atrás da sua orelha. Uma rosa delicada formando a letra "L". Luiza... Flor. O apelido que ela me deu.  Fecho os olhos tentando disfarçar o sentimento.

— Lu, aqui também – Ela fala abrindo a parte de baixo no meio das costas deixando os seios livres. Não consegui resistir e olhei para o espelho. Os mamilos durinhos, a expressão de tesão... Ela estava tão ou mais excitada que eu... Conseguia perceber isso claramente. Amarrei o biquíni e colei seu corpo no meu num abraço apertado cheio de saudade e desejo. O contato nos fez gemer, e ela remexeu seu quadril friccionando sua bunda no meu sexo. Estava prestes a virá-la quando escutamos a porta do vestiário abrir e vozes altas. Nos separamos rapidamente a tempo de ver Cris e algumas garotas entrando.

— Ah, vocês estão aqui. Fiquei preocupada, Lu. Estava demorando. – "PUTA QUE LOS PARIU, CRIS!".

— A tia Lu estava me ajudando a amarrar o biquíni – AnaLu me beija demoradamente no rosto. – Obrigada, tia.

— Vem AnaLu, vamos jogar Marco Polo! – Umas meninas que eu não faço a mínima questão em saber quem eram chamaram AnaLu.

— Puta que Los Pariu, Cris! Que hora você resolveu vir ver onde eu estava!

— Você estava demorando, sei lá – Ela disse cabisbaixa e eu fiquei com pena de ter sido grossa.

— Tá, desculpe. Eu vou pra casa.

— Vamos então.

— Cris, preciso ficar sozinha hoje. E eu viajo amanhã, então melhor você ir para casa.

— Claro, Lu, você tem razão – Eu vi que ela não ficou feliz com a minha decisão, mas a sua presença já estava ficando sufocante.

AnaLu

Depois da conversa que eu tive com a vovó e com a mamãe eu tomei a decisão de mostrar para a Luiza de que eu sou a mulher da vida dela. Só que para isso eu teria que estar mais presente no dia-a-dia do amor da minha vida. Eu não iria fazer nada demais. Iria apenas ser eu mesma. Meu maior empecilho, "Uiiii empecilho", é o carrapato ruivo que vive grudado no meu amor.

No aniversário do João não deu muito certo. Aline sem noção entendeu tudo errado, mas depois eu conversei com ela e, com seu jeito Aline de ser, ela ligou para todas as amigas gostosas e fez vários planos mirabolantes para causar ciúmes na Luiza. Acho que até deu um pouco certo, mas caraca, muleque! Aquela filha do capeta tinha que ferrar tudo! Eu tinha certeza que a Luiza iria dar o braço a torcer. É questão de honra que ela dê o primeiro passo. Tô muito machucada ainda.

Sweet Child of Mine (Concluido)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora