Capítulo Oito

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 Maitê dá mais um de seus gritos – Ótimo, estaremos lá às sete e meia! Vamos ver se assim você se solta e se sente mais segura, como era antes!

 – Bom, vamos ver! Agora preciso desligar.       

 – Tudo bem, mas pensa direitinho no que falei e não surta! Beijos, eu te amo. 

 – Também te amo. – Encerro a ligação, jogando o celular na cama, tirando minha roupa e indo para o banheiro, tomar um banho.

 Enquanto deixo a água escorrer pela minha nuca, descer pelo meu corpo, me fazendo relaxar e ir ralo a baixo, penso em tudo que aconteceu e no que a Maitê me disse. Eu realmente estava sendo estúpida. Não tive culpa em ter conhecido meu chefe antes de saber que ele seria meu chefe. Também não tenho culpa de sentir um tesão tão grande por ele... quer dizer, quem não sentiria? Ele com aqueles olhos azuis esverdeados, aquele sorriso típico que pede para que todas as mulheres arranquem as calçinhas para ele, aquela barba por fazer e todo aquele músculo, era um verdadeiro acesso livre ao pecado. Jonathan Altherr, definitivamente, deveria ser considerado o oitavo pecado capital.

 Saio do banho enrolada em uma toalha e quando a tiro para me secar percebo marcas no meu quadril e nos meus seios. Imediatamente meu corpo se arrepia e treme. O filho da mãe, além de ser lindo e gostoso, sabia transar e como dá prazer a uma mulher! Meu quarto começou a ficar muito quente e fechei meus olhos com força. Essa noite seria a mais longa de todas. O que me resta a fazer agora é escolher qual dos meus vibradores usar.

***

 Após fazer minha rotina matinal e tomar meu café da manhã, vou para a empresa. Chego cumprimentando a recepcionista e outros funcionários que já chegavam. Passo meu cartão na catraca e espero o elevador.

 – Melinda! – Ouço a voz da Maitê e me viro, dando um abraço forte nela e um beijo no seu rosto quando se aproxima. – Bom dia!

– Bom dia, Tê!

– Pronta para hoje? – Me pergunta quando entramos no elevador.

 – Claro, trouxe meu short, top, blusa e meus saltos próprios para o...

 – Não é disso que estou falando, é sobre o gostosão do seu..

 – Claro, vim preparada para tudo! – Interrompo-a, sussurrando e olhando para as pessoas que estavam junto de nós, no elevador. – Seja mais discreta aqui, por favor. – Peço.

 – Okay, desculpe. – Fala também em sussurro. – é meu andar, boa sorte! – Me dá outro beijo, saindo do elevador quando para em seu andar.

 Espero chegar ao meu, mexendo em meus cabelos. Meu tique voltou com tudo hoje. Estava nervosa, quem não ficaria em meu lugar? Mas posso arriscar dizer que estou mais excitada do que nervosa.

 O elevador chega ao meu andar e saiu, seguindo para a minha mesa e colocando minhas coisas em um canto do chão. Pelo silêncio que se fazia o Sr. Altherr não havia chegado. Vou ao banheiro e me olho no espelho. Como sempre estava com meus cabelos soltos, havia passado uma maquiagem um pouquinho mais reforçada do que a de ontem e estava com um vestido de manga comprida – Já que fazia frio e não queria ter o risco de improvisar com uma roupa que poderia ser rasgada – que ia até um pouquinho acima de meus joelhos. Usava saltos nude, já que meu vestido era na cor salmão, nada chamativo, claro. Abro a torneira, molhando minhas mãos e passando em minha nuca, respirando fundo. Vai, Melissa, coragem! Aproveita a vida sem medo!

 Saiu do banheiro, fechando a porta e quando me viro dou de cara com o oitavo pecado capital. Estava mais gostoso ainda com um terno cinza claro, camisa lilás e uma gravata roxa, bem escura. Uau, ele sabia se vestir!

 Ficamos nos encarando e seu olhar percorria todo meu corpo. Começava a ficar inquieta e procurava minha fala, até que ele resolveu se pronunciar primeiro.

 – Srta. Cavicchioli, por favor, venha até minha sala, precisamos conversar. – Vai até a porta de sua sala e à abre, apontando para dentro.

 Balanço a cabeça em afirmativa e passo por ele, entrando em sua sala. – Sente-se, por favor. – Ordena e faço o que me pede. Posso senti-lo atrás de mim e o ouço inspirar. – Adoro seu cheiro, Melissa. – Sussurra em meu ouvido e me arrepio toda, mordendo meus lábios.

 Recolhendo todo meu autocontrole, consigo dizer – Por favor, se continuar fazendo isso, não vamos conseguir conversar.

 Posso ouvir seu suspiro, até que ele sai detrás de mim e vai até sua cadeira, sentando e olhando diretamente para os meus olhos. – Bem, Melissa, antes de tudo, quero que saiba que eu ainda quero te foder. Em todas as posições, em todos os lugares e de todos os jeitos possíveis, até os inimagináveis. E não vou deixar você sair correndo mais. Pelo menos não até conseguir o que quero. – Minha Nossa Senhora das secretárias encrencadas, perdidas e molhadas, me ajude! Porque dessa vez, nem eu quero mais corrrer.     

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