O caçula sorriu triste, erguendo o queixo com orgulho que somente um Tomlinson tem. — A família sempre vem em primeiro lugar. — Pegou a mão da irmã e colocou o dinheiro ali, beijando-a com carinho na testa. — E eu sempre posso tentar outro ano. Não se preocupe comigo.

Apertando o maço de dinheiro contra o peito, Doris assistiu o irmão sair em silêncio do quarto, as tábuas do chão velho da casa estalando no caminho. Ouviu a porta ranger e o som de Louis deitando na cama do quarto ao lado, com as gêmeas.

Só então, mordendo o cobertor e olhando a última foto que a mãe tirou com todos os filhos, encolhida no colchão jogado no chão, Doris se permitiu chorar até desidratar, assistindo o sol nascer pela janela quebrada.

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17/10/2018. Quarta-feira, 10:02, Shopping Center.

Becky Oliver puxou o cartão Black do bolso e entregou para a recepcionista

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Becky Oliver puxou o cartão Black do bolso e entregou para a recepcionista.

— Débito querida.

Doris virou para o marido batendo a mão no peito dele sem dó ou misericórdia.

— Outch! — Virou para ela com a testa franzida e a mão sobre o local dolorido. — Por que me bateu?

A ruiva bufou, cruzando os braços. — Querida? — Imitou-o, afinando a voz com uma careta. Sem importar-se com a recepcionista que ainda admirava-o sem piscar, a boca aberta diante tanta beleza. — Você é meu marido seu ordinário estúpido. Eu vou contar tudo para o Louis!

— Mas amor eu não fiz nada!

Doris bufou outra vez, pegando as sacolas cheias de vestidos de tecido macio e elásticos, nas mais diversas cores e estampas, indo para fora da loja batendo os saltos.

— Obrigado. — Agradeceu, sorriu para a mulher e pegou o cartão de volta, correndo atrás da esposa no shopping. — Doris, espera!

Becky quase deu meia volta e correu para fora do shopping ao ver a mulher marchar na direção do irmão e o noivo grávido.

Doris com raiva dele por ciúmes é uma coisa. Louis com raiva dele por Doris estar com raiva por ciúmes dele é outra completamente diferente e dolorosa.

Diminuiu a velocidade das pernas, assistindo Louis beijar a testa da irmã na pontinha dos pés  - como sempre - e seu sorriso sumir ao ouvi-la dizer algo em seu ouvido, seus olhos azuis como adegas afiadas ao avista-lo.

— Becky! — A empolgação na voz do Tomlinson camuflava sua ira, descontada nos fortes tapas que lhe desferiu o abraçando, a mão fechada com força envolta de seu bíceps, os dedos cavando a carne dolorosamente. — Conversaremos depois, — Louis sussurrou em seu ouvido. — Querido.

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