[11] Deixe que ele o toque

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Apertei meus braços contra seus ombros, pois a vergonha de estar embaixo dele também estava presente. Era pequena, mas continuava presente, de qualquer forma. Não queria falar para ele que estava me baseando em meus ideais religiosos, ou em minha própria visão de mundo, até por que tudo o que eu pensava, naquele lugar era tido como patético e repugnante.

Talvez eu devesse concordar um pouco com Rubel, quando disse que eu havia mudado, pois eu também estava achando que os motivos que me seguravam em um lugar como aquele não passavam de coisas pequenas demais para serem levadas à sério...

— Todos sabem como você pensa — voltou a falar, me lançando um sorriso compreensivo. — Isso não significa que você deve agir como um santinho por aqui, uma vez quem você mesmo disse que iria virar meu castelo de cabeça para baixo, não lembra? — arqueou uma sobrancelha.

— Eu sinto muito por aquilo — pedi desculpas novamente, com as bochechas vermelhas de vergonha e quase ri ao ver sua careta ao ouvir tais palavras horrorosas.

— Não se prenda, meu Jimin... — murmurou, voltando a serpentear sua mão por meu abdômen, até chegar novamente no cós de minha calça.

Entretanto, não apenas se limitou a ficar tocando o tecido; simplesmente avançou adentro e passou a brincar com o elástico de minha cueca.

Não comigo — pediu calmamente.

Gemi ao sentir um aperto incomum em meu ventre, nunca deixando seu olhar.

Por quê?

Eu não sabia.

Ele rosnou e capturou meus lábios com os dele, usando sua mão que não estava dentro de minhas calças para segurar um punhado de meus cabelos e me manter firme no lugar. Soltei a respiração de uma vez, abrindo a boca sorrateiramente para deixar sua língua entrar, assim como ele havia me ensinado anteriormente.

Estava embriagado pelo cheiro de Jungkook; ele estava em toda parte! Nos lençóis da cama, em meu corpo suado, no dele, em suas roupas, no ar.... juro que poderia ficar sentindo aquele cheiro por bastante tempo, assim como estava começando a perceber que poderia beijá-lo por horas à fio, sem sequer pensar em cansar.

Por que seus lábios chegavam a ser mais viciantes que seu toque, que seu cheiro e seu charme. Eram os primeiros que eu beijava! Os primeiros que se interessaram pelos meus, que ousaram se aproximar.

E eu estava maravilhado por tudo aquilo.

Por seu beijo; seu toque; por ele.

Ainda nervoso e com os dedos trêmulos, puxei-o para mais perto, sentindo os finos fios de seu cabelo macio os roçando. Era um cabelo muito macio, então foi quase impossível não começar a acariciá-lo e receber – para aumentar ainda mais minha libido – mais um de seus gemidos roucos que causaram arrepios a minha pele.

Em todo o meu corpo, para ser mais sincero.

— Jungkook... — gemi, incapaz de fazer qualquer outra coisa para explicar o quão quente eu estava me sentindo.

— Eu sei, Jimin — ele rosnou, dando uma mordidinha em meu lábio inferior antes de se afastar minimamente. Sua respiração quente colidia com a minha. — Eu sei...

Parando de brincar com o elástico de minha cueca e sem esforço algum, ele abriu o zíper de minha calça e pediu para que eu levantasse o quadril. No começo, não entendi sobre o que se tratava, mas assim que ele desceu minha calça até meus joelhos e pôs a mão sobre meu ventre, pedindo silenciosamente para que eu voltasse a me deitar completamente, percebi que aquilo estava tomando proporções que eu não era capaz de levar adiante.

Nas Mãos do Diabo [1] O MaestroWhere stories live. Discover now