Eu sou sua filha!

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Narradora:

Demi nunca soube o que seu pai fazia, até que um dia ele pediu uma coisa que pela primeira vez ela iria negar sem pensar duas vezes.

- Demetria, senta aqui! - Ele falou com sua voz de autoritário como sempre.

- Sim? - Demi falou curiosa pra saber do que se tratava.

- Bom, você sempre diz que eu não te deixo ter amigos, não te deixo ir a festas muito menos ter namorados.

- Vai me deixar ser uma adolescente normal?

- Não exatamente, agora cale a boca e me escute. Eu trabalho com umas coisas não muito legais, eu trabalho vendendo e prostituindo moças. - Ele falou super tranquilo e Demi ao ouvir logo se levantou apavorada.

- Você o que? Como você pode fazer isso? Seu monstro! - Ela falou como nunca havia falado antes.

- Me respeite que eu sou seu pai e você me deve respeito. — Patrick fala se levantando e pegando nos braços de Demi com força.

- Você agora já está numa idade boa, que os homens vão gostar. Sem contar que você é muito linda. — Antes que ele podesse continuar, Demi o interrompe.

- Já chega, eu não quero ouvir mais nada, você me dá nojo! — Assim que ela fala isso, Patrick da um tapa em seu rosto, a fazendo chorar ainda mais.

- Você vai trabalhar pra mim no bordel onde eu sou dono, não se preocupe eu não vou te vender, não pra sempre. Vou pedir pra Marissa te ensinar tudo. Esteja lá amanhã depois da escola.

- Como você pode fazer isso com sua própria filha? E eu ainda sou de menor.

- Não importa se você é minha filha e de menor, o que importa é que você vai me dar muito, muito dinheiro filhinha!

- Que nojo eu sinto de você, seu monstro. — Quando ele ia bater nela, a campainha toca, quando ele vai atender, Demi corre e se tranca no seu quarto.

A ficha ainda não tinha caído que seu pai fazia aquilo com garotas desamparadas, e agora iria fazer isso com ela, sua própria filha. Ela não parava de chorar, mas sabia que não tinha nada que ela poderia fazer para impedir que isso acontecesse.

Ela se orgulhava por ser virgem mesmo que tivesse 17 anos, ela não queria que fosse com qualquer um, ela queria que fosse com um cara especial e que ela gostasse. Mas seu pai também privou isso dela.

No dia seguinte, seu despertador a acordou na mesma hora de sempre.
Ela não estava bem, e isso era nítido pra qualquer um que a olhasse. Como ela não tinha escolha ela se arrumou e foi a escola.

Demi queria que as horas demorassem como de costume, mas logo hoje a hora passou voando. Quando o sinal tocou Demi ainda ficava andando pelos corredores da escola só pra não ter que ir pro local onde seu pai trabalha. De repente ela sente uma mão envolver seu braço.

- O que pensa que está fazendo? — Uma voz familiar surge em seu ouvido.

- Selena? Miley? — Demi ficou surpresa já que as garotas mais populares da escola estavam falando com ela.

- Vamos logo Selena! — Miley fala irritada.

- O que diabos vocês querem comigo? -
— Demi fala já impaciente.

- Somos nos que vamos te ajudar no seu nova trabalho. — Selena fala e  pega pelo seu braço. - Agora vamos!

- O que? Como assim vocês se prostituem? E ainda onde meu pai é dono? Vocês tem problemas? — Demi não conseguia acreditar.

Elas vão para o carro de Miley. E Demi não parava de fazer perguntas.

- Cala essa boca, Demetria! — Miley fala dirigindo em direção ao bordel do Patrick.

Demi não parava de se surpreender e ficava cada vez pior. Em algumas horas Demi estará perdendo sua virgindade. Ela estava se segurando pra não chorar na frente de dois monstrinhos da escola.

- Chegamos! Sai do carro, anda! — Miley era a grosseria em pessoa.

- Que porra você tem hoje? Tudo bem que você é assim, mas hoje está demais Miley, não dá pra dar um desconto a ela? É o primeiro dia dela nesse inferno e nos duas sabemos muito bem como isso é horrível.

- Selena, só cala a boca, okay? - As duas eram populares mas como em todo grupo de amigas sempre tem uma que se acha a poderosa e sai mandando em todas. E Selena só fazia obedecer Miley.

Ao entrar no bordel, Demi deu de cara com seu pai. E revirou os olhos na mesma hora e tentava a todo custo segurar as lágrimas, mas era impossível já que o responsável por elas estava bem em sua frente.

As meninas do bordel mais antigas eram todas mal humoradas e nenhuma gostou da Demi por ser a mais bonita dali. Ela percebeu que Selena e Miley não estavam ali, porque queriam, isso foi o que fez parecer quando Selena falou aquilo para Miley.

- É o seguinte, a partir de amanhã, vocês duas não se separam da minha filha na escola. Entendido? Assim como vocês são melhores amigas, vão ser da minha filha também. — Patrick fala pra Miley e Selena.

- Sim! — As duas falam ao mesmo tempo.

- Viu filha, eu não sou esse monstro que você pensa!

- Ah, é sim! — Demi fala sem pensar duas vezes.

- Você quer... — Um dos seguranças do lugar o interrompe, e eles vão para o escritório.

- Você é doida de enfrentar esse homem? Muito corajosa você! — Selena fala simpática

- Só porque ele é o pai dela, não seja idiota! — Miley fala e Demi sai do local e se senta na escada da entrada e começa a chorar.

- Oh, não chore é pior. — Selena se senta ao lado de Demi e começa a chorar junto. Demi a olha e chora ainda mais.

- Me dá um abraço? — Demi pede pra Selena sem esperanças disso acontecer, mas Selena não pensou duas vezes.

- Claro, vem aqui! — Elas se abraçaram mas foram interrompidas por Miley.

- Já tá bom esse showzinho aí, vamos nos trocar logo!

Estava cada vez mais perto da noite e isso deixava Demi devastada. Ela não merecia passar por isso, e vendo quantas meninas tinham ali, a vontade dela era denunciar Patrick pra acabar com o sofrimento daquelas garotas/mulheres e o seu. Mas como poderia se ele tem a delegacia inteira no seu bolso?

Amor Perigoso (Dilmer)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora