Tortura

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Era para ser só uma aposta, não é? Então, por quê? Por que as coisas acabaram assim?

― Atsushi... ―O chamei segurando a manga de seu moletom.

― Hum? Qual o problema, Muro-chin? ― Questionou pegando um pirulito no bolso da calça e colocando na boca. Esse desgraçado. Como assim, qual o problema? Você colocou um vibrador em mim, seu imbecil!

― É impossível, Atsushi. Não... dá para andar direito com isso. ― Todo meu corpo está tremendo. É estranho, muito estranho, não pelo fato de que estou com isso, mas pelo prazer que sinto estando nessa situação. Meu corpo está estranho, além disso, sinto que vou ficar duro a qualquer momento.

— Muro-chin... merda, acabei esquecendo. Vem comigo! — Puxou-me pela mão, indo até um corredor perto da escada. O maior me encostou à parede e se aproximou, na verdade, era como se estivesse me escondendo.

— A-Atsushi... o que... — Suas mãos abriram meu zíper e logo minha ereção, recém-formada, fora exposta.

— Não tem dez minutos e já está assim? Então tudo aquilo no banheiro foi encenação? Você está se divertindo bastante, não é mesmo? — Sussurrou em meu ouvido, logo mordendo a pontinha da orelha, me fazendo estremecer. — Não acha imprudente ficar assim? Imagina se alguém ver isso? — Começou a mover sua mão, deslizando lentamente. —Olha quanto já escorreu.

— C-Cala ... boca, Atsushi. De quem acha que é a culpa?

— Sua.

— O qu— Antes que pudesse revidar, minha voz foi abafada pelos lábios macios de Atsushi num beijo quente.

— Não tente empurrar sua culpa para cima dos outros. —Pegou um preservativo no bolso e abriu nos dentes. Certo, eu sei que estou nervoso e irritado com essa situação, mas ele... fica tão sexy. — Se colocarmos isso, você pode ficar tranquilo, não é? —Beijou meu pescoço colocando o preservativo. —Mesmo que goze, não vai sujar sua roupa ou algo assim.

— Atsushi... por favor. —Sua mão teimava em me masturbar, pelo menos aquilo não está vibrando. Mesmo assim... por que ele tem que provocar tanto? É tão bom...

— Vamos indo, está na hora. —Chamou parando e ajeitando minha roupa.

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3° horário de aulas antes do intervalo

Não é como se Atsushi fosse um rapaz ruim. Muito pelo contrário, não importa de onde você olhe, ele é só uma criança mimada que tem bom coração, não é? Mesmo daquele tamanho, é um rapaz gentil. Tudo bem que sua força é bastante desconcertante e o fato de ser um jogador prodígio incomoda algumas pessoas. Mesmo assim, não é como se ligasse e tirasse proveito de tudo isso. Atsushi é sempre o mesmo. Um grande bobo viciado em basquete e doces. Sim. Por esses e outros motivos acabei me apaixonando por ele. No entanto, estava completamente enganado quanto ao "bom rapaz" pois, agora, bem diante dos meus olhos o gigante da Yosen está comendo chocolates que as meninas da sala estão o oferecendo. É tão irritante que poderia morrer.

— Murasakibara-kun, eu... eu... trouxe esses chocolates caseiros. E-Espero que goste. — Ah, é tão irritante, mas tão irritante que meu sangue parece ferver. O que há com essa expressão envergonhada, por que suas mãos estão tremendo enquanto estende os braços oferecendo essa caixinha cor-de-rosa cheia de chocolates? Caseiros? De lojas famosas? Conveniência? Que diferença faz? Ele vai aceitar? Provavelmente não, mas se o fizer, idaí? Para ele isso não importa, vai comer como se fossem a mesma coisa. É assim que ele é.

Seu mestre mandouUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum