Começando 2016 do jeito certo

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Pelas ruas pouco iluminadas da pequena cidade praiana, Flávia me guiava e ria enquanto corríamos em direção à uma ponte que cruzava o riacho de uma margem à outra. Paramos bem no meio e eu a encostei no corrimão para olhar mais uma vez pra ela e ter certeza de que o que estava acontecendo era real. Segurei o seu rosto com as duas mãos enquanto ela sorria de um jeito malicioso e terminava mordendo os lábios. Balancei a cabeça de um lado para o outro e lhe beijei.

As mãos dela em minha cintura transferiam calor para o meu corpo, calor de excitação e dessa vez de desejo em arrancar todas as roupas que impediam que nossos corpos se conectassem novamente.

Algo entre a gente fazia com que cada toque e gesto fosse tentador e provocativo. Eu sentia que ela ficava à vontade comigo e, que assim como eu, adorava uma boa preliminar...

- Anda. Não vamos parar aqui. A casa dos meus pais está perto. – ela me empurrou e correu.

Fui atrás dela e logo chegamos até a casa. E que casa... Tinha 2 andares e uma bela piscina na frente. Ela abriu o portão e foi tirando o vestido à caminho da piscina. Estava usando lingerie rosa, bem clarinha, mas que se destacava no corpo dela. Aquela menina parecia um anjo caminhando em direção à beira da piscina.

- Tá meio frio pra entrar na água agora, não acha ? – eu falei um pouco desconfiada.

- Relaxa... tem aquecedor. E só pra você saber, não tem ninguém em casa e nem vai ter até às 6hrs da manhã.

Ela mergulhou na piscina e me convidou a entrar.

Tirei a bermuda e a camisa. Estava só de cueca e top, sentindo frio.

- Entra logo aqui que eu te esquento. – disse ela rindo do jeito que eu tentava esconder meu corpo.

Entrei na piscina e senti a água quentinha relaxar meu corpo todo...

Ela chegou perto de mim e me beijou. O corpo dela ao encostar no meu, agora sem roupas, fez com que eu esquecesse de tudo e até mesmo do frio que eu achava que iria me incomodar.

Sua mão que estava me empurrando contra a parede agora deslizava pela minha barriga até a minha cueca... Suspirei... e então fiz menção de interrompê-la.

- Shhhhhhh... – ela sussurrou. – não tem ninguém que vá atrapalhar.

Ela beijou meu pescoço e colocou a mão dentro da minha cueca. Eu sem falar nada e apenas com a respiração ofegante só podia deixar que ela fizesse o que bem entendesse comigo. Eu estava literalmente em suas mãos.

Enquanto ela me beijava eu sentia seus dedos a me penetrar e não sabia onde me concentrar. Eu a abracei forte enquanto ela aumentava o ritmo com a mão... ela parecia saber muito bem o que estava fazendo, mas mesmo assim não me senti confortável ali.

- Não podemos entrar ? Aqui fora parece que tem alguém olhando... – eu disse interrompendo.

- Claro que podemos. Vem.

Ela abriu a porta da frente e pediu pra eu esperar que ia buscar um roupão pra mim. O vento fazia eu tremer de frio com as roupas na mão. Ela voltou rápido usando um roupão vermelho vinho e me entregou outro azul escuro.

- Dá aqui suas roupas. Vou colocar pra secar que você molhou tudinho.

Eu entreguei as roupas pra ela e entrei na casa.

- Pode ir subindo, meu quarto é o último do corredor. – ela gritou de dentro da lavanderia.

Eu a obedeci. A casa era linda... cheia de quadros pintados e fotos da família. Eles pareciam muito felizes e os pais dela viajavam muito. Um casal bem sucedido eu logo deduzi.

Entrei no quarto dela e não sabia bem o que fazer. Se tomava um banho ou se sentava na cama... estava perdida.

Escutei ela abrir a porta e entrar.

- Agora... onde eu parei ?! – ela me olhava tão fixamente que eu nem soube como reagir. Senti meu rosto corar.

- Eu estou sem palavras... – deixei escapar.

Ela chegou perto de mim, tirou o meu roupão e falou:

- Não precisa falar nada. Vamos usar a boca para fins mais interessantes...

Aquele lado dela havia superado as minhas expectativas e se na primeira noite em que transamos eu quem tomei as rédeas, agora ela tinha me deixado de mãos e pés atados. Eu estava totalmente à mercê das vontades dela.

- Você não precisa sentir vergonha do seu corpo Cris, ele é lindo. Você é linda demais. E fica mais linda ainda quando fica sem jeito. Meu deus... que mulher maravilhosa eu encontrei... – ela intercalava os elogios com beijinhos suaves em meu rosto.

Devagar ela foi me empurrando até a sua cama, me deitou com delicadeza e pediu que eu esquecesse de tudo e que aquela noite eu fosse só dela. Aquele pedido me fez lembrar de algumas coisas do passado. Olive. Raquel... Mas afastei os fantasmas. E me entreguei à Flávia.

As carícias dela eram intensas, com intervalos entre brutalidade e sutileza. Ela tinha me dominado dessa vez e o prazer que eu estava sentindo com ela era de me fazer revirar os olhos.

Depois que nossos corpos cansaram, ela deitou ao meu lado e ficamos conversando. Aproveitamos para nos conhecer melhor e eu me sentia um pouco mal por não contar logo à ela que estaria indo embora no próximo mês.

O sono foi chegando e as palavras foram ficando escassas, ela se aproximou de mim e deitou com a cabeça em meu ombro, eu me virei para ela e abracei. Dormimos ali, só com o cobertor por cima de nós e então eu senti algo muito bom, não senti que era um compromisso, senti que só estávamos ali por que queríamos. Não haviam expectativas envolvidas, só uma atração muito forte.

Mais Que Um RomanceWhere stories live. Discover now