Entre Flores e Trovões [CONCLUÍDO]

TENHO QUE TE CONTAR...

O prazer de estar em casa já é mais que suficiente para me confortar depois do dia que eu tive. E é exatamente isso, estar em casa, nesse lugar, no palácio, que torna tudo mais especial ainda.

Ao contrário de muita gente que acha clichê dizer que o lar é onde estão as pessoas importantes, eu concordo completamente com esse ditado. Ter minha mãe aqui, ter minha família e todos reunidos nesse mesmo lugar é simplesmente incrível. Saber que mesmo para poucas pessoas você tem uma certa importância já basta.

- Seu pai chega amanhã cedo com a tropa - fiquei sabendo que meu pai, juntamente com alguns outros guardas e a polícia, saíram em uma certa "missão" atrás de mim e chegam amanhã cedo.

- Estou louca para vê-lo, estou com saudade.

Depois de descobrir que meus pais não são na real meus pais, passei a me distanciar um pouco deles, o que é bem ridículo, eu sei, mas agora depois de tudo que aconteceu com Marco, só o que eu quero é abraçar meu pai e minha mãe e pedir desculpas pela idiota completa que eu fui nos últimos meses.

- Harley, tem certeza que não quer que eu durma aqui com você filha?

Estou na sacada do quarto e olho para baixo vendo a imensidão de guardas que estão postos tanto em frente ao castelo, quando por todo o jardim.

- Mãe - falo entrando no quarto e me sentando na cama - tenho certeza que ninguém vai tentar me sequestrar hoje, fica tranquila. - me levanto e a abraço - Obrigada, te amo, te amo mesmo.

Ela esboça um sorriso para mim e me aperta mais.

- Eu também te amo, muito - ela dá um beijinho em minha bochecha - boa noite meu amor. Vou pedir para que alguém traga seu jantar.

- Obrigada - digo suavidade, não queria comer lá embaixo sobre os olhares de todos, então pedi para que minha mãe fizesse essa gentileza para mim. - Ah mãe - chamo-a antes que ela fechasse a porta - peça para que tragam morango com chocolate, por favor.

Ela ri e sai corredor a fora sem perguntar mais nada.

Olho para o relógio e batem exatamente duas e meia da manhã, um pouco tarde talvez, mas eu duvido que consigo pregar os olhos essa noite, não depois de meu dia um tanto conturbado, sendo assim só o que faço é imagina se Mayson virá. E eu quero muito mesmo isso.

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Depois de jantar começo a encarar os morango em uma tigela e o chocolate derretido em outra e me pego na tentação de comê-los logo, mas não, não agora.

Ao se passarem quarenta minuto começo a duvidar um pouco que Mayson apareceria, até que ouço batidas na porta e na quase certeza que poderia ser ele, apenas grito:

- Pode entrar.

- Vossa alteza requisitou minha presença? - ele diz me fazendo rir.

- Sim, entre alteza. - falo num tom brincalhão.

Ele se aproxima de mim na cama e fala ainda de pé:

- Tudo bem? O que queria me dizer de tão importante que não poderia esperar amanhecer.

Me levanto e começo a andar até a sacada.

- Acredite, é importante demais. Senta aqui.

Digo para ele batendo a mão no acento de uma das cadeiras-poltrona da sacada.

Ele se senta e eu pego os morangos sobre a bancada em minha cama.

- Um passarinho me contou que alguém aqui ama morango com chocolate. - digo me sentando na poltrona ao seu lado dele.