Continuação do livro A Chance. Depois de se divertir muito com a Leth e o Bernardo é hora de se apaixonar pelas loucuras da nossa ruiva Berta e do nosso médico loiro Nicolas.
Para Roberta a liberdade é essencial, dona de suas vontades ela encara a v...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
APAIXONADO
Sei que a qualquer momento ela vai começar a chorar. E de novo eu vou me sentir mais idiota que estou me sentindo agora. Fizemos a maior cena da frente da minha irmãzinha de seis anos e como se não bastasse tem minha mãe esperando na sala de jantar. Aproximo-me cauteloso e passo os braços a sua volta.
— Desculpe por gritar com você. Eu sinto muito. — sussurro.
— Você não gritou sozinho. — responde e se afasta.
Antes de descermos pego um chinelo no quarto da minha mãe e fico aliviado por perceber que ela não é a única a ter pés pequenos. Por sorte Roberta também calça números de sapatos iguais aos de dona Ivete. Sei que ela está envergonhada e irritada pois evita até mesmo olhar em meus olhos. Assim que chegamos na sala papai vem na nossa direção. Roberta suspira e sequer levanta a cabeça quando ele se posiciona a nossa frente.
— Então você dormiu em casa.. e acompanhado. — seus olhos caem na Roberta e instintivamente a puxo para o meu lado de um jeito protetor — Acalme-se filho, não vou matar sua garota em apenas olhar para ela. — ele sorri e me dou conta de como eu estou sendo patético.
— Essa é a Roberta, pai. — suspiro.
— Tenho certeza que é a mesma mulher responsável pela sua crise de abstinência. Como vai Roberta, eu sou seu fã, Carlos. — faço uma careta e seu sorriso aumenta.
— É um prazer conhecer o senhor, sinto muito por... hã...
— Não se desculpe, Nicole nem mesmo prestou atenção ao que vocês estavam gritando a única coisa que ela sabe falar é que a tia vai ter um bebê. — ele arqueia as sobrancelhas. — Fiquei realmente curioso com isso.
Merda! Eu sabia que minha irmãzinha não ia conseguir ficar calada.
— Roberta está... ela está... está.. — tento falar mas o jeito que meu pai está me encarando faz a palavra parecer assustadora.
— Grávida. — ela sussurra. Olho na sua direção e percebo o quanto suas bochechas estão vermelhas. — Foi um acidente eu não queria isso e realmente sinto que tenha acontecido.
— Não devia se sentir assim em relação a sua gravidez, Roberta. — meu pai responde tentando amenizar o clima pesado que se estabeleceu. — Atrevo-me a dizer que meu filho tem responsabilidades nisso por isso você está aqui, estou certo? — ela assente e ele da um longo suspiro. — Seja como for vocês precisam conversar, eu digo como adultos. Gravidez não é brincadeira. Gritar um com o outro não vai mudar em nada.
— É verdade? — mamãe se aproxima com os olhos curiosos.
— Parece que sim, olha a cara de paspalho do seu filho. — meu pai suspira e ela sorri.
— Eu vou ser avó? Nicolas, como você pode me esconder isso? — ela me da um tapa no braço antes de me abraçar.
