Continuação do livro A Chance. Depois de se divertir muito com a Leth e o Bernardo é hora de se apaixonar pelas loucuras da nossa ruiva Berta e do nosso médico loiro Nicolas.
Para Roberta a liberdade é essencial, dona de suas vontades ela encara a v...
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MENSAGEM
Três. Esse é o número de mulheres que eu não consegui comer. Depois da vergonha com a loira eu pensei que voltaria ao normal. Achei que tinha sido o fato de encontrar com a Roberta justamente na noite da loira que havia me atrapalhado, mas não, o problema é outro. Até mesmo uma ruiva não me serviu. Bom quem sabe se eu chegasse a passar a linha da calcinha eu conseguisse! Mas eu acabei chamando ela de Berta e ela não gostou nada. Eu realmente não entendo qual o problema de vocês mulheres com nomes. Roberta é um nome bonito. Faz mesmo diferença?
Está caminhando para duas semanas. Duas semanas. Estou vivendo dias de merda desde a maldita sexta-feira que dormi com a Roberta. Eu me sinto nervoso e tenso o tempo todo. Passo um tempo dormindo na casa dos meus pais e não tenho mais ânimo para sair. E como esperado ela me atormentou todos os dias. Em todos os meus malditos sonhos. Sonhos quentes e molhados. Eu já pareço um adolescente. Isso virou uma porcaria de rotina. Ela sempre aparece gemendo e me apertando com aquela boceta mágica. Só que desta vez é tão real que quase tenho um ataque cardíaco.
Sento-me na cama para avaliar o estrago. Suspiro resoluto e levanto, minha meta do dia é tomar um banho relaxante e dar um jeito de resolver essa história de uma vez por todas. Talvez se eu a tiver mais uma noite essa obsessão doentia passe. Eu preciso encontra-la a qualquer custo e já sei quem vai me ajudar.
— Nick, fiz isso pra você! — Nicole entrou no quarto pulando com uma folha em mãos, me obrigando a me esconder em baixo dos cobertores. O que me lembra de trancar a porta.
Ela estende o papel na minha direção.
— Agora virou desenhista pirralha? — falo avaliando o desenho no papel. Parecem dois bonequinhos. Um tem o cabelo pintado de amarelo e os olhos na cor azul, mas ao lado dele está uma bonequinha ainda sem nenhuma cor.
— Esse é você. — ela aponta para o bonequinho maior e mais feio de cabelo amarelo. Tenho vontade de rir.
— Nossa ficou muito bom! E quem é essa ao meu lado? A mamãe? — ela parece pensativa.
— Não, essa é sua namorada! — decide por fim.
— Eu não tenho namorada!
— Eu ouvi o papai falando com a mamãe que você estava assim por causa de mulher. — levanto as sobrancelhas e ela continua: — Ele falou que você está dormindo em casa porque com certeza já está fedido.
Tenho certeza que "fedido" não foi bem a palavra usada por ele para me descrever.
— Ele falou isso? — questiono e ela balança a cabeça em positivo — Você não devia ouvir atrás das portas, pirralha. E eu não estou fedido coisa nenhuma. Quer sentir? — ameaço abraçá-la.
— Não. — grita rindo e se afastando. — Nick que cor é o cabelo dela? — pergunta parando na porta.
— Dela quem Nicole? — questiono e ela revira os olhos impaciente.
