Capítulo 19 - Obrigada mãe.

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Ando em círculos pelo quarto enquanto penso numa solução para o meu problema, como sair de casa sem dar de caras com o Dylan?
Sento-me na cama e olho para os meus pés, vendo as minhas pantufas de ovelhas... Espera?! Eu ia sair de casa de pijama? Ó meu Deus, que vergonha!

Decido ir vestir uma roupa desportiva para o que estou a pensar em fazer, dirigo-me ao closet e procuro umas leggings, uma t-shirt e um casaco pois é inverno. Visto-me e olho-me no espelho, decidi colocar umas leggings pretas com uma fita vermelha de lado, uma t-shirt vermelha, um casaco preto e calço uns tênis

Saio do closet fechando a porta para que o gato não lá entrar e confirmo se ele ainda está no puffe, decido ligar uma música para se alguém chamar eu depois usar a desculpa que não ouvi e faço a minha cama rapidamente pondo as cinco almofadas em tons de rosa bebê e cizento claro em cima dela, onde o Fúria faz logo questão de se deitar e pego numa bolsa com apenas o telemóvel e a carteira com dinheiro suficiente para comprar comida. Ando até á varanda abrindo-a lentamente para "tentar" fazer pouco barulho, mas completamente em vão, saio para fora e volto a fechar a porta de vidro que por sinal precisa de uma limpeza, olho para o chão e conto uns três metros de altura.

"Não deve ser assim tão difícil de saltar para baixo e depois correr em direção á floresta, pois não?" penso para mim própria.

Como se o próprio universo disse-se que não, uma forte ventania é sentida pelo meu corpo que me faz arrepiar até á espinha, ignoro a sensação e penso na melhor maneira de saltar sem me magoar. Muitos podem pensar que estou a pensar numa maneira de me magoar a sério mas o que eu estou a tentar fazer é muito mais difícil... Fugir a um Lobisomem chamado Dylan.

Atiro a minha bolsa com os meus pertences para cima de uns arbustos onde podem amolecer a queda e rezo para que eu não tenha partido o telemóvel, já que se eu o leva-se no bolso era muito provável que caí-se ou se partisse, olho novamente em volta para pensar num melhor plano em que eu não acabe esparramada no meio do chão. Dentro de várias ideias que podem acabar comigo no hospital toda engessada apenas duas é que me parecem mais razoáveis de momento, opto pela segunda hipótese em que não tem nada que possa falhar... Como um ramo que possa partir e eu acabe partindo umas quatro costelas, se não mais...

Talvez se eu tivesse pensado duas vezes eu não me encontraria, aqui, pendurada apenas por uma mão no corrimão de proteção da varanda, a minha ideia era cair em cima do caixote do lixo que temos no quintal que era suposto ser mais alto para eu ficar equilibrada nele, mas como por obra do espírito Santo ele afinal é muito mais baixo do que eu me lembrava. Continuo agarrada por uma única mão e tento voltar a subir com impulso e ajuda da mão livre mas, como isto não é nenhum filme, só ajudou-me a ficar mais cansada.

Agora só tenho duas opções:
-Pedir ajuda e sofrer a consequências por quase me aleijar a sério;
-Ou deixar-me aqui parada á espera que perca as forças ou alguém que repare em mim pendurada.

Decido não seguir nenhuma das minhas ideias e tentar saltar para cima do caixote, com a adrenalina que corre pelo corpo eu estava a aguentar muito mais tempo que o normal agarrada por uma mão então quando fiquei pendurada apenas pelos meus dedos o meu cérebro entrou em estado alerta por conta do cansaço acabo por cair em cima do caixote em perfeitas condições mas, por um descuido acabo tropeçando e caindo duro de cóxis.

-AAAUUUU! -grito no exato momento em que a porta de entrada é aberta onde se encontra o meu pai a despedir-se do Dylan.

-Saphira!? - dizem os dois surpresos.

-O que aconteceu? -perguntam novamente ao mesmo tempo.

Em outras situações em diria que apenas estava a tentar uivar mas as dores não contribuíram.

-Caíste foi? -pergunta o Dylan vindo em minha direção para me ajudar.

-E-eu... Auuu! - tento falar mas sou interrompida por uma dor forte quando ele me levanta e me coloca nos seus braços como se eu fosse um bebê.

-Saphira! - ouço o grito do meu pai e fecho os olhos pela dor e pelo castigo que provavelmente irei levar por tentar saltar de três metros.

-O que estava a passar pela tua cabeça? Podias ter te aleijado a sério... -diz passando a mão na minha bochecha carinhosamente.

"Não, eu nem acabei de cair de cóxis no chão!" -penso sarcásticamente.

-Afinal qual foi a tua ideia de saltar de três metros? - o meu pai pergunta quando sou passada para o colo dele e ele começa a voltar para dentro de casa.

-N-NÃO! E-es-espera, telemóvel... arbustos... Bolsa... Preta. -digo desordenadamente.

-Quero lá saber do teu telemóvel Saphira! -meu pai exclama rígido. -Já temos aqui um grande problema por tentares saltar da varanda!

Não tento falar mais nada pois sei que ele tem razão e continuo calada até ser colocada no sofá fofo da sala.

-Minha querida!- a minha mãe entra na sala surpresa. -O que aconteceu?

-A nossa filha decidiu aventurar-se e saltar do primeiro andar. - meu pai responde.

-O QUÊ?! - ela responde. -O que te deu na tanga Saphira Moon?

-Bem, acho melhor eu ir. -Dylan se faz presente. -Depois falamos senhor Moon.

O meu pai confirma e volta a atenção para mim mas antes ele ainda fala:

-Espero que esteja tudo pronto á hora certa.

Provavelmente estão a falar da troca de Alpha que vai acontecer amanhã á noite por isso nem me dou ao trabalho de falar o que seja. A minha mãe que tinha ido á cozinha volta com umas ervas com um cheiro muito intenso e suponho que sejam para mim, ela chega até mim e vira-me de costas levantando-me a t-shirt e baixando um pouco as leggings, dou graças á lua pelo Dylan ter ido embora e não me ver nestas condições, quase não sinto quando a minha mãe passa a mão quentinha delicadamente no sítio magoado mas não digo a mesma coisa ao sentir um creme bem frio com um cheiro muito forte a menta e hortelã e quase dou um salto com a surpresa.

-A mãe só está a colocar um creme para te aliviar as dores e a seguir vai colocar um conjunto de ervas que tenho a certeza que te vai fazer bem. -diz enquanto afaga os meus cabelos e dá-me um beijo dos mesmos. - Afinal qual foi a tua ideia de saltar de uma altura daquelas?

Não respondo sentindo me envergonhada por isso e deixo a minha mãe continuar com o seu trabalho, sentido a sua massagem desligada e suave que por um momento faz me quase esqueçer as dores.

-Prontinho, agora vou te fazer um chá analgésico para te aliviar e a seguir vais estar de repouso. Aí de ti se te vejo a andar por aí! -diz.

Confirmo com a cabeça, já que mesmo que eu quisesse eu não conseguiria pelas dores. Decido ligar a televisão enquanto espero pelo chá e acabo por colocar nuns desenhos animados quaisqueres para ver se me animam, logo a minha mãe volta com uma manta quentinha e o chá que logo me entrega para eu beber enquanto me aconchega no sofá e me tapa com o cobertor.

-Obrigada mãe.

-De nada filha.

Nota: Olá leitores lindos meu coração, sei que estou em dívida para com vocês e não ando a publicar com tanta frequência mas estou a tentar dar o meu máximo, pois eu tenho que estudar pois este ano é ano de exames e nem sempre tenho tempo de escrever o que seja. No entanto, espero que gostem deste capítulo que era suposto eu publicar ontem mas acabei por adormecer sem acabar de escrever o capítulo e quando acordei eram meia noite e acabei por não escrever o capítulo todo.
Ando a tentar escrever os caps mais compridos, não sei se têm reparado...
Concluíndo, ignorem os erros ortográficos e vemo-nos em breve!

P.s. Novamente relembro que eu sou Portuguesa e qualquer dúvida seja na escrita ou outra razão perguntem! Já agora, neste momento em Portugal é inverno e sei que no Brasil agora é verão então espero que entendam quando a personagem principal (Saphira) diz ser inverno, pois a história é como se passa-se aqui em Portugal.
Capítulo não revisado.
Espero que gostem e comentem o que acharam!
Beijos a todos❤️

Presa pelas GarrasWhere stories live. Discover now