Prólogo

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  Foi no dia 07 de março de 2000, o clima estava gélido e o ambiente silencioso, John Kless estava na varanda de sua casa, com seu antigo telescópio observando os astros. Ele estava concentrado em suas anotações, quando ouviu a campainha tocar.
  No primeiro momento, John pensou que fosse algum moleque de seu bairro tentando incomodá-lo, pois já era consideravelmente tarde para visitas. O mesmo já estava voltando sua atenção para o telescópio, quando a campainha voltou a soar.
  Intrigado, saiu de onde estava e foi em direção a porta ver quem estava tirando sua atenção de seu serviço. Assim que chegou no hall de entrada, espiou pelo olho mágico e não viu ninguém, já muito confuso e um pouco irritado, abriu a porta de sua casa e escutou um pequeno resmungo, ao olhar para baixo, na direção do barulho, se deparou com um pequeno bebê em um berço de vime.
  Assustado ao ver a pequena criança, correu para a calçada na esperança de encontrar quem havia deixado o bebê em sua porta, mas como o esperado, não encontrou ninguém por perto, pelo contrário, a rua estava deserta.
  Voltou para dentro de sua casa levando consigo o bebê e apavorado com o choro incessante do pequeno, percebeu que no cesto de vime também continha um envelope, que logo o abriu:

   "Caro John,
  Hoje confio a ti meu bem mais precioso. Por favor, cuide bem de minha pequena Selenita.
                                                                                  - Louise."

  Aós ler a carta, prestes a entrar em pânico, John pegou seu celular e discou com as mãos trêmulas, o número da única pessoa que poderia o ajudar no momento:
- Alô? – pode-se ouvir a voz de sono de uma moça – John?
- Sophia! Onde você está? Pode vir aqui em casa? – pergunta John, não escondendo seu nervosismo.
- Agora? Como assim? Não pode ser amanhã? As meninas recém caíram no sono – dizia Sophia.
- NÃO! É uma emergência, por favor – exclamava o homem, ainda muito assustado.
- Ok! Se acalma, estou indo para ai – dizia Sophia, na tentativa de acalmar seu irmão caçula.

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