Me perguntei sem ter as respostas, aproveitando do momento de descanso, chamei a Sophie em um canto para juntos pensarmos em um jeito de levar ela daqui, como fazer? Demoramos ter uma ideia genial, a sessão reiniciou e mesmo assim nada surgia.

Até que, vi uns cavalos brancos e uma carroça linda do outro lado da rua, corri até ao proprietário que concordou em colaborar apesar do preço elevado, pedi a ele todo sigilo possível para não estragar tudo, ansiedade mais nervosismo me tiraram do sério.

Dei o sinal para avisar que estava tudo resolvido e a hora de partirmos tinha chegado, parada a sessão, disse a minha Mãe que só faltava o ensaio exterior, não foi nada fácil convencer, mas nada que um pouco de insistência e birra não ajuda.

Depois de eu me trocar para estar com o visual apropriado para o momento, subimos na carroça para uma sessão encenada rumo a cerimônia onde todos aguardavam com alegria, ao longo do trajeto as pessoas acenavam e desejavam felicidades, deixando mamãe sem jeito.

Minutos se passaram e finalmente chegamos na porta da Catedral, meu Vô estava na porta enroupado num belo terno, só aí ela se deu conta do que realmente se tratava, me abraçou forte em forma de agradecimento, em seguida desceu com ajuda do seu Pai, com seu riso alegre.

A música típica de casamento começou a tocar ao som de uma banda presente, adentramos sob olhar atento de todos, meu Pai no altar sorria feito um garoto apaixonado que iria se casar pela primeira vez, mando beijinhos de longe foram correspondidos.

_______ Dimitri Salim

Ficou difícil para mim não se emocionar com este momento, eram meus pais felizes e apaixonados mais do que nunca apesar dos seus 25 anos de casados, fico feliz de contribuir com o que posso para que seu casamento seja firme e forte. Pouca gente tem essa sorte, de encontrar e viver um grande amor.

Se fosse outro casal, me sentiria um nojo só de pensar melosamente nesse momento, mas são meus progenitores e não fico com vergonha alguma, virei sem querer para o outro lado e fui de encontro ao olhar de uma bela morena, parecia norte americana ou africana, seus lábios grossos despertaram imaginações eróticas.

Meu pau parece ter gostado dela, então assim que der vou ao encontro dela, voltei a focar no caminhar da minha Mãe em passos lentos, ao passar por mim, deu um beijo na testa e continuou. Assim que chegou no altar, meu Pai se aproximou recebendo novamente a mão dela do meu Vô.

— Hoje entrego a mão da minha filha com a maior segurança que um Pai pode ter, durante esses anos todos só a tens feito imensamente feliz e os vossos filhos são frutos disso... Disse meu Vô na maior emoção.

— Obrigado pelas palavras e bênçãos dadas em momentos que tanto precisamos e não só, pela confiança e muito mais. Eu vou manter a promessa de fazê-la imensamente feliz para toda a vida.

Ouvir aquelas trocas de frases fez cair uma lágrima no canto do olho, os dois se posicionaram frente ao padre que proferiu o habitual discurso de um enlace matrimonial, e durante o momento do discurso, Papai usou extratos de uma música não cantada e disse com firmeza para a sua amada.

— Hoje eu não preciso mais olhar pela a janela, porque eu tenho a lua cheia olhando só para mim. Hoje eu não preciso mais olhar para o horizonte, porque eu tenho algo lindo, extenso e sem fim. Casa comigo mesmo que digam não, vão nos julgar por ser o que eles não são. Deixa cuidar do teu dócil coração, já que o meu está em suas mãos. 

"Gerilson Insrael- Casa comigo"

— Sim, meu grande amor.

Nessa hora, minha Maninha quase acabava os lenços de papel de tanto lacrimejar, no fundo tudo aquilo me tocava, mas cair no choro seria demais, terminado aquele momento, nos aproximamos para um abraço de pais e filhos. Ao saírem da igreja, chuva de arroz neles e depois o buquê foi atirado para um grupo de mulheres sonhadoras.

O jantar prateado foi feito em um dos restaurantes da cidade a beira mar, a empresa encarregue do buffet deixou as coisas impecáveis, com um cardápio ao gosto da maioria, já que foram perguntadas aos convidados antes de concluir tudo. Muitos mariscos, e tantas outras comidas que não precisavam de talheres.

Nem sou muito de reparar na decoração, mas as mesas prateadas seguindo o tema da festa, prendiam a atenção de qualquer presente. Quando cheguei perto da jarra de inspiração, sinceramente não sabia o que escrever e se fosse escrever só seriam sacanagens. Então preferi ir atrás da linda morena, só de pensar naqueles lábios grossos sugando minha cabecinha.

— Oi, está gostando da festa? Atirei.

— Estou sim, obrigado pela atenção.

— Meus pensamentos profundos questionam, como chamar seu nome durante a respiração ofegante enquanto chupas meu pau.

— Se eu fosse uma santinha me sentiria ofendida, mas essa sua ousadia foi um tiro certeiro.... Gabriela e o seu?

— Dimitri Salim, beijei sua mão e passei a língua entre o polegar e o indicador.

Felicitou o casamento dos meus pais, elogiou a beleza da minha irmã, mas seu maior atrevimento foi maior ao tocar no meu pau, se não fosse pela última parte da surpresa, ela iria saber o que a minha vara faz para quem provoca desse jeito.

Meu Pai fez de tudo para sua comemoração fosse marcante e único, desta vez ele avaliou minuciosamente todos os detalhes que ambos não tiveram o privilégio de ver no dia em que se casaram. Mas, nós como filhos desse maravilhoso casal, demos o cheque mate da noite exibindo um vídeo com várias fotos dos seus momentos antes e depois da nossa nascença.

No final do vídeo surgimos desejando muita felicidade e amor, para as próximas décadas. Sasha e eu, voltamos a presentear nossos pais com pulseiras de prata, contendo seus nomes em um pingente de infinito e a data do casamento.

De agradecimento, recebemos um abraço fraternal bem demorado e muitos beijinhos.

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