Capítulo 48

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________ Sasha Salim

A escuridão era imensa, o silêncio trazia consigo uma tranquilidade agradável, meus olhos se negavam a cumprir a minha vontade de abri-los. Chorava internamente, não sabia onde estava e nem lembrava do último momento em que podia observar tudo ao meu redor. Quem eu sou?

O tempo passou, a viagem no meio do nada se tornou bem cansativa, não saberia calcular a duração dessa jornada. Porém, algo inédito aconteceu quando meus ouvidos pela primeira vez ouviram sussurros de alguém, que pedia o meu regresso. Mesmo sem ter noção de quem era, meu corpo cedeu e os meus olhos finalmente enxergaram luz.

A clareza era tanta, isso impossibilitou uma visão nítida do ser visivelmente emocionado ao meu lado. Lágrimas rolaram, e ele saiu correndo chamando por alguém, tudo estava bem estranho para mim, até olhar em volta e me situar. Estou em um hospital? O que houve? — Questionei para mim mesma.

Logo a seguir uma equipe médica entrou, tirando quem provavelmente atrapalharia o trabalho que estavam prestes a fazer comigo, depois de algumas análises feitas sobre o meu estado, — Ao menos, foi isso que me pareceu. A maioria se retirou, um tal de Doutor Wagner fez um monte de perguntas dirigidas a mim.

— Sasha, espero que responda minhas questões. Se por acaso não conseguir falar, sinalize com a cabeça.

Sasha!? Esse é o meu nome? Não me lembrava antes de ter ouvido dele, para responder ao seu relatório tive de usar a segunda opção.

— Sente alguma dor física?

Respondi negativamente a todas questões seguintes, quanto ao meu estado nada parecia anormal. Segundo ele, fui alvejada e ao longo de algumas semanas fiquei em coma, explicou também que só despertei depois do meu irmão ser resgatado. Era tanta coisa, que minha mente não conseguia absorver de uma vez. Durante o tempo de conversa, ele notou do apagão em minha memória.

Para me tranquilizar, esclareceu que era uma sequela que passaria com a ajuda de um psicólogo e a minha família. Bem! Ao menos tinha uma, e nesse caso não vou me sentir ainda mais perdida. Em seguida ele ordenou que os meus progenitores entrassem, já que o Dimitri tinha estado comigo no momento em que sai do coma.

Mesmo não me lembrando deles, foi tão tocante ver eles entrando com aquela felicidade toda que se transformou em lágrimas de emoções e muita felicidade. Ambos me beijaram bastante, agradecendo incansavelmente à Deus, bem como interrogavam sobre meu estado.

Me deram força, e se mostraram disponíveis para ajudar em tudo que me levasse a ter minha memória de volta. Por agora, estar viva e sem nenhuma complicação grave era o que mais interessava a todos. Toda aquela atenção, o carinho e tantas palavras de amor, demonstraram o quanto sou amada pelos meus pais.

— Oh! Filha, não imaginas como o meu coração está pulando de felicidade, por te ter de volta. — Disse a minha mãe.

— Seu irmão e você, são as coisas mais importantes da nossa vida. Perder vocês no mesmo tempo, seria assolador. — Meu pai, parece bem chorão.

Aquele todo momento de euforia e abalo, terminou logo a seguir que o Doutor recomendou que eles saíssem, para que eu pudesse descansar. Foram tantas emoções em poucas horas, mas antes de eu apagar. Dimitri entrou, e batemos um papo demorado. — Não vejo a hora, de me lembrar de tudo e ter uma vida normal.

***

Na manhã seguinte as coisas pareciam mais calmas, fiz a medicação e alguns aparelhos foram desconectados de mim por não serem mais necessários. No mesmo dia pude conhecer o psicólogo que irá cuidar de mim, e que psicólogo hein, ainda me jogo em seus braços sem querer querendo.

Eu aqui pensando em bobagem, mesmo sem saber se tenho namorado ou não, que desejos pervertidos são esses! Se eu tiver, ele que me desculpe. O que é bonito é para ser apreciado e elogiado, depois de uma caminhada leve acompanhada do Dimitri. Fomos até o refeitório, onde escolheu aquilo que eu adoro comer.

Estava tão gostoso, nem duvidei dos meus gostos relembrados pelo meu irmão. Ao longo da refeição, fisguei uma enfermeira morena linda, aquele uniforme caiu bem em seu corpo, valorizando suas curvas. Deu um tesão só de imaginar ela bem pelada, minha nossa! Não estou me entendendo, desejando um pau e uma boceta ao mesmo tempo.

Se eu continuar com essas intenções, vou acabar dando pra todo mundo nesse hospital, será que tenho tanto fogo assim? Quando eu voltar no meu quarto, tenho de analisar bem minha intimidade. Falando nela, ficou toda molhadinha depois de ver a morena chupando sorvete, que me dera trocar aquele pote pela minha boceta.

— Sasha, Sasha... Acorda, menina...

— Desculpa, fiquei perdida nos pensamentos.

— Estavas mais do que perdida, qual é o filme que passava nessa cabeça?

— Não vai sentir ciúmes?

— Desembucha logo, tanta volta.

— Eu tenho namorado/ (a)?

— Até onde eu sei, não tem. Mas que história é essa, de incluir mulher nessa pergunta?

— Eu me senti atraída pelo psicólogo e essa enfermeira aí.

— Você é bi?

— Se nem do meu nome lembrava! Imagine da minha orientação sexual?

— Sinistro.

— Teria algum problema?

— Não, eu até preferia que ficasses com uma mulher. Seria menos doloroso, se fores! Tens o meu apoio.

— Deixa de ser ciumento, lindo como és. Nem quero contabilizar o número de bocetas, que seu pau mergulhou.

Depois da conversa, voltei para o meu quarto e logo a seguir meus pais vieram me ver. Trazendo consigo um presentaço, um urso bem enorme para me fazer companhia. Detestando ficar aqui, quero logo voltar para a casa mesmo não me lembrando de nenhum detalhe dela.

Hora da medicação, alertou a enfermeira que veio logo com um monte de comprimidos. Mandei tudo para dentro, e ganhei uma barra de chocolate como presente, é tantos mimos para uma pessoa só.

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