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Dois dias se intensificaram desde aquele encontro eletrizante. Com mais um dia restante até o verdadeiro início do Carnaval, Lana sentiu uma ansiedade fervendo dentro de si. Afinal, não era apenas um dia a mais de festa, eram três dias de celebração antecipada. E, como estava se tornando habitual, Tony era o epicentro de seus pensamentos.

Movida por sua curiosidade, Lana empreendeu uma busca por informações sobre Tony, uma tentativa desesperada de entender o que estava sentindo entre eles. As informações eram escassas, mas uma coisa era clara: ele não se permitia apegar a ninguém. Esse fato lançou um dilema na mente de Lana. Ela, que sempre fora tão segura de si, agora estava nesse estado de turbulência mental, incapaz de afastar Tony de seus pensamentos.

"Eu sou a baladeira, certo?", Lana refletiu com um suspiro. "Então, por que estou nesse estado? Não deveria estar perdendo meu tempo com alguém assim." O carnaval sempre havia sido sua época de se divertir sem preocupações, mas Tony estava virando essa lógica de cabeça para baixo.

Na noite seguinte, Tony não apareceu na avenida e nem mesmo a enviou uma mensagem. A ausência dele durante a primeira noite de Carnaval fez questionar a intensidade da conexão que sentira. Claro, o Carnaval de Salvador era único, o melhor do país, mas ela tentou se divertir sozinha. No entanto, sua busca por diversão se transformou em uma busca por Tony, seus pensamentos perdidos em sua ausência.

Decidida a se distrair, ela mergulhou na folia, permitindo-se soltar e dançar até que a música parecesse uma parte de sua própria essência. Era como se a noite de festa fosse capaz de lavar sua mente, varrendo todos os pensamentos indesejados.

No entanto, o terceiro e último dia de carnaval trouxe consigo uma sensação de melancolia. A meta era clara: beijar muitas bocas, beber a última gota de energia e dançar até como se a batida da música nunca fosse parar. Mas, mesmo nesse turbilhão de sentimentos e ações, Lana encontrou uma ressaca emocional inescapável. Tony, o homem de apenas dois beijos, continuou ocupando um espaço que ela não imaginava estar disponível.

"Que estranho", ela murmurou consigo mesma. "Eu já estava curada do amor, mas aqui estou eu, perdida em pensamentos sobre um moreno que me enfeitiçou em meros dois dias."

O relógio avançou, e Diana, sua amiga, finalmente chegou, desesperada e ansiosa. "Lana, me ajuda! O crush dos meus sonhos me mandou uma mensagem. Ele vai estar na festa! Por favor, você precisa ir comigo."

Embora tenha inicialmente negado, Lana sabia que a persuasão de Diana não seria contida. Enquanto Diana remexia seu guarda-roupa em busca do look perfeito, Lana suspirou resignadamente. Ela não queria sair, não queria se envolver em mais confusões emocionais, mas a força do destino parecia conspirar contra sua vontade.

Apressadamente, ela se arrumou, aplicando uma maquiagem leve. Seu coração estava dividido entre a empolgação da festa e a relutância em se deixar levar pelos caprichos do destino.

E assim, lá foram elas para a festa. Era o último dia de carnaval, e Lana estava determinada a aproveitá-lo ao máximo, tentando varrer aquele garoto moreno e imprevisível de sua mente, nem que isso significasse entorpecer seus sentimentos com um pouco de álcool.

 Imprevisível Amor De Carnaval Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin