Pânico no Cinema

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Laboratório Voom Don, Nova York

Na sala de treinamentos do laboratório, Natasha ensinava algumas pessoas a dar golpes e chutes certeiros. Victor e Enrico apenas observavam de longe.

-O chip funciona! - Victor esboçou um sorriso. - Natasha segue a todos os nossos comandos. - Natasha, venha até aqui! - Pediu. A ruiva se aproximou dos dois em passos robóticos. Sem esboçar nenhuma expressão.

- Me chamou, senhor? - Perguntou por fim. Seus olhos estavam vazios. Enrico suspirou, incomodado com a situação.

- Intensifique o treino deles, minha querida! - Victor esboçou um sorriso. - O dia de atacar está próximo!

- Sim, senhor! - Respondeu com a voz monótona.

***

Enrico estava sozinho em uma das salas do laboratório. O novo vírus contra o Venom estava pronto e ele sentia que estava na hora de testá-lo. Ele pegou rapidamente uma seringa em sua maleta, e mesmo contra a vontade do parasita, injetou a substância nas próprias veias. Á princípio, não sentiu nada. Mas, alguns poucos minutos depois, começou a sua frio e a tremer. Tentando se controlar, ele caiu no chão algumas vezes.

"Não funciona. Não pode me destruir" , a voz de Venom ressoou.

- Me deixa em paz! - Enrico arfou, tentando se recompor. Seu corpo tremia.

"Nunca!" , respondeu.

Evie

Por algum motivo no mundo, sempre que eu tinha que sair não encontrava nenhuma roupa apresentável ou que eu quisesse vestir. Isso só podia ser coisa do universo conspirando contra mim. Já tinha revirado o meu armário inteirinho e jogado tudo que estava nele em cima da cama e ainda não tinha encontrado nada bom o suficiente. Não que não tivesse nada. Eu que não queria vestir. Talvez o problema não estivesse nas roupas e sim em mim.

- Meow! - Fish passou correndo resmungando. Estava com uma meia agarrada na orelha, se sacudindo desesperado para tirá-la. Eu tirei a meia da cabeça dele e ele pareceu aliviado. Desisti de ficar procurando e peguei a primeira saia e blusa que encontrei na bagunça de minha cama. Estava praticamente pronta quando meu gato chamou minha atenção, empurrando com sua patinha um livro que estava no chão.

- O que é isso? - Me abaixei para pegar. Fish deu um miado como resposta. Peguei o livro em minhas mãos e o reconheci de cara: "Mitologia Nórdica Para Crianças". Minha mãe costumava ler este livro para mim quase todas as noites quando eu era criança e eu o adorava mais que qualquer outro livro de contos infantis. Sorri comigo mesma. Corri até a sala com o livro nos braços. - Não imagina o que eu encontrei! - Disse chamando a atenção de meu pai e me sentei à mesa, onde ele estava.

- Você ainda tem esse livro! - Disse perdido em pensamentos e eu o encarei, confusa. - Quero dizer, imagino que tenha sido Melina quem te deu, não é? - Ele pegou o livro com cuidado e folheou algumas páginas.

- Foi sim. - Sorri. - Ela costumava lê-lo para mim quando eu era criança.

- Ela costumava? - Perguntou me fitando. - Você lembra como era?

- Sim. Ela lia sempre antes de eu dormir! - Ele deu um sorriso fraco.

- Não gosto muito desse livro Midgardiano. - Deu um longo suspiro. - Descreve como se eu tivesse tentado matar o Thor a vida inteira!

- E não é verdade? - Arqueei uma sobrancelha. Ele me semicerrou os olhos.

- Se tivesse tido que conviver por mais de mil anos com ele você me entenderia. - Respondeu por fim.

OMG! Meu Pai é um deusWhere stories live. Discover now