- Senhora Luísa! Coloque seu roupão!- Luísa, olhou para si e ficou momentaneamente corada, mas não sei se pelo seu ato de rebeldia ou seja lá o que for, assim que olhou em meus olhos-que acreditem em mim, estão queimando de desejo e admiração- o corado logo abandona seu rosto e surge uma expressão um tanto ousada e... desafiadora? Por mim, ela pode caminhar assim na casa o tempo que quiser, contanto que eu seja o único homem aqui, porque meu Deus, eu não sei o que meu coração faria se outro lhe desse ousadia, inclusive não sei o que meus punhos fariam, provavelmente uma deformidade considerável.

- Perdoem-me, acabei por me esquecer.-  Ainda que sua face não revele isso. Um sorriso escapa o canto de seu lábio, mas ela o faz só para que eu perceba, e com audácia levanta o canto superior de sua sobrancelha direita. Ela senta na cadeira de frente para mim. E serve-se de ovos, torradas e, novamente, uvas.

- Você gosta de uvas.

- Não me pareceu uma pergunta.- Ela fala, enquanto morde uma torrada.

- Não foi.  Apenas constatei em voz alta.

- Entendo. Gosto mesmo, especialmente pela manhã.

- Notei. Posso lhe perguntar o motivo de tanta euforia?

- Por hora não.- ela está comendo rápido demais.

- Vai a algum lugar?

- Por que?- ela parece assustada, então está me escondendo algo.

- Para onde?

- É tão perceptível assim?

- Quando se trata de você, tudo é perceptível aos meus olhos, você me atrai, Luísa Bourbon.- ela não cora, apenas fala:

- Eu sou uma pessoa interessante.- ela fala com sorriso brincalhão.

- Tenho que concordar.

- Tem mesmo-. Seu sorriso se abre. Ela levanta.- Até mais!

- Ei, espere, onde vai?- ela que estava de costas, vira apenas a cabeça para mim por sobre ombro e fala:

- Neste exato momento, vou ao meu quarto me vestir apropriadamente.

- Para que?

- Não há para que saber, mas volto em uma hora e meia e você pode me levar para que eu veja meu pai. - antes de dar as costas para mim, ela dá uma piscadela e eu me derreto por inteiro. Ah, um dia você me mata, Luísa.


~🌹~


Por Luísa.

Eu o afrontei mesmo, isso porque me deu vontade, ele pareceu se divertir, então continuei com minha deliciosa brincadeira. Fui ao meu quarto e coloquei um vestido amarelo que achei que combinava com o dia ensolarado da tarde, faltam apenas dez dias para o meu aniversário e eu fico triste pois vou falar com meu pai hoje e quando olho sua face recordo-me do colar da minha mãe que seria meu daqui a menos de duas semanas, mas por agora, eu tenho que ir resolver um assunto pendente. Dormi com essa ideia e acordei com essa ideia, estou muito contente com minha decisão. Chego até a porta de casa e antes que eu saia, Felipe que estava sentado no sofá e eu não percebera, me aborda:

- Não vai me dizer?

- Caramba, você me assustou!- digo levando a mão ao meu coração acelerado.

- Alguma você irá aprontar, Luísa. Confesse.

- Está mais para uma coisa boa.- digo- Prometo.- falo levantando a mão direita como forma de juramento e deixando a esquerda em minhas costas e tenho o rosto comicamente com a carinha de quem não vai aprontar nada. Ele ri.

- Está bem. Volte como prometeu em uma hora e meia, pois estarei esperando para irmos até a casa de seu pai. 

- Está bem.

- Nem terei o trabalho de perguntar se irá querer uma carruagem para levá-la, sei que não irá aceitar.

- Não mesmo.

- Então, até mais.

- Até.-

Saio agora de casa rumo ao meu destino. 

Cerca de dois quartos de hora depois chego ao campo florido ao qual uma figura de costas me espera. Me aproximo dela que continua virado para o outro lado e falo:

- Olá, como vai?-

Quando escuta minha voz, se vira e responde:

^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

Eitaaa, quem será esse ser misterioso? E que ideia Luísa teve desta vez? 

Acompanhe o próximo capítulo amanhã.

Lembrando que domingo tem prova do Enem e talvez eu não consiga postar, mas eu compenso depois, okay? 

Bye Bye.

😆



Como perder um Marquês (TRONNOS-1)Where stories live. Discover now