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  • Ponto de vista: Park Jimin •

Já faz em torno de duas horas que estou sentado nesse sofá, tomando coragem para ligar pro meu pai.

Eu poderia deixar isso de lado, mas eu não consigo, simplesmente não consigo. O que meu pai quer comigo depois de tantos anos? Porquê só agora? Será se ele quem me enviou as flores?

  Coloquei o celular juntamente com o pedaço de papel escrito o número dele — que Jhenny havia anotado —, em cima da mesa e fui em direção ao meu quarto.

  Apenas o abajur no criado-mudo estava ligado, iluminando vagamente o quarto, e através da cortina na janela do meu quarto é possível ouvir algumas buzinas de carros pela rua. Puxei o edredom da cama e logo depois me deitei encarando o teto, minha cabeça não conseguia se desligar e em meio de minutos passou em minha mente tudo o que eu havia feito hoje.

O Charlie não havia aparecido e minha vontade agora era bater na porta da casa dele, mas capaz dele chamar a polícia, e eu não quero isso. Eu poderia chamar o Bambam para dormir aqui em casa e comprar... Qual é nome mesmo? Hm. Mixiote! Ele adoraria, é, eu posso fazer isso.

Me levantei com um pulo e fui até a mesa onde eu tinha deixado meu celular, peguei o aparelho cinza e não havia nenhuma notificação.

Talvez ele esteja dormindo...

Suspirei sem pensar no que eu estava fazendo, eu iria fazer isso, já sou um adulto! Não há nada do que ter medo.

Peguei o simples papel e comecei a digitar no celular. Eu só vou tentar uma vez, se ele não atender, eu desisto e vou dormir. Com essa promessa feita à mim mesmo, apertei e logo começou a chamar.

Meu coração parece se acelera a cada "ttu-ttu" que dá enquanto aguardo na linha, passaram-se alguns segundos e quando a ligação estava prestes a cair, alguém atendeu.

— Alô? — Era uma voz feminina.

— Mãe? — Falei meio acanhado sentindo minha cabeça se embaralhar.

— Quem está falando? — Perguntou curiosa.

— Mãe, sou eu, o seu filho... — Respirei fundo. — Park Jimin.

— Jimin? — Sua voz saiu duvidosa. — Filho? É você?

— Sim, mamãe. — Minha voz falhou levemente.

— Como eu senti sua falta, meu Jimin! — Do outro lado da linha ela disse alegre. — Como você está, meu filho?

— Eu estou bem, mamãe. — Sorri meio abobado. — Eu também sinto... sua falta.

— Aconteceu alguma coisa?  — Soou preocupada.

— Não, não, mãe! — Me sentei no sofá, abraçando minhas próprias pernas. — Eu só queria saber... O papai me ligou no escritório hoje, eu não estava.

O seu pai? Ele está no banho agora, quer que eu o chame? — Consegui ouvir o som do chuveiro se intensificando.

— N-não precisa, mãe. — Lubrifiquei os lábios. — Eu ligo outra hora.

— Ele falou o motivo de ter te ligado? 

— Não, mãe... — Mordi o cantinho da minha unha me segurando para não perguntar. — A senhora sabe se ele... Bem... Chegou a me mandar algum presente?

— Algum presente? O seu pai?

— Sim, tipo hm.. Um buquê de rosas.

— Você recebeu um buquê de rosas? — Exclamou animada. — Então temos uma admiradora secreta.

× connection² [ji.kook/twitter]Where stories live. Discover now