QUEM É ELE?--UMA PAIXÃO (Livro 3 Concluido)

CAPÍTULO VINTE E DOIS

  

  O bom de se está acompanhada por Victor, é que ninguém pergunta por Clarice e nem fazem comentários maldosos e ferinos. Além do charme espontâneo dele que por sí só chama a atenção do mulherio.

  Me sinto uma mulher invejada pelas outras.

__Sou ou não um homem de sorte?__murmura pra mim ao entrarmos no salão lotado de gente. Vários olhos nos admiram e fotógrafos tiram fotos nossas como a todos que chegam.__Até as mulheres me invejam.

  Olho pra ele sorrindo.

__Acho que elas invejam a mim.__revido. Ele ri.

__Com certeza isso soa bem melhor assim.__responde apos pensar brevemente na questão.

  Caminhamos até a mesa de bebidas e pegamos duas taças de champanhe. Meus olhos fazendo uma varredura rápida e precisa na área.

__Está nervosa para o discurso?__pergunta Victor observador e leva o líquido à boca.

__Um pouco, mas estou preocupada mesmo é se Fernando não aparecer; e se isso acontecer terei que improvisar um para ele também e falar pelos dois.

  Ele aperta os lábios erguendo as sobrancelhas condescendente.

__E o pior é que não o vejo em lugar algum.__ele olha por cima e ao redor. Também olho à procura do mesmo.

  O local está todo ornamentado, e um palco com púlpito aguarda o momento para ser usado por cada dono das empresas homenageadas essa noite.
  Vejo Nadine e Ricardo ao longe. Ela está linda com o vestido tomara que caia na cor preta.

  Victor e eu andamos pelo salão cumprimentando executivos e ganhando elogios de ambos os lados. E fico inquieta e anciosa quando vejo que Fernando ainda não chegou.
  Andamos de um lado do salão a outro conversando com os convidados e ouvindo conversa fiada. Pra minha sorte, meu acompanhante sabe ser um homem divertido e nada intediante.

__...a essa belíssima e habilidosa empresária, porque sem ela a W.T não estaria recebendo um prêmio essa noite!__Victor induz o brinde e todos os presentes na roda erguem suas taças.

  Bebo um suave gole me limitando a confiar no gosto divino do champanhe. Sorrimos e conversamos sobre a tecnologia e seus avanços alcançados ao longo dos anos, algo que me agrada ao estar rodeada por homens visionários e com sede de envestir no progresso tecnológico e humano. Olho para Victor agradecida por me guiar no caminho certo para novos contratos. Gentilmente pedimos licença e nos retiramos do grupo alguns minutos depois.

  Percorremos o salão à procura de Ricardo e companhia, mas somos parados muitas vezes por poucos casais____em sua maioria homens com mulheres com cérebros do tamanho de uma jaboticaba grande____, e vários homens e todos conhecidos de Victor, ao qual me sinto perdida e mal informada ao ver o olhar deles direcionado ao chocolate com pernas a meu lado e seus sorrisos misteriosos.

Homens e seus segredos...

  Sou apresentada a todos e meu acompanhante os apresenta a mim igualmente misterioso. Quando enfim nos afastamos resolvo bisbilhotar.

__O que foi aqueles olhares e sorrisos misteriosos que percebi entre vocês?

__O que?___ele me olha desentendido e paro de andar me virando pra ele. Vendo no rosto dele a incapacidade de esconder um segredo.

__Victor...__alerto com humor e ele sorri mais.

__Não é nada demais.

__Mas tem haver comigo.__não pergunto e ele olha para a esquerda, um brilho cegante sai do solitário em sua orelha ao receber a luz, mas não é maior que seu sorriso travesso.