No me sueltes

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Para Luana 

smilingforerick


— Eu ainda acho que você esta fazendo grande caso disso — disse Erick, sentado na janela.

— Grande caso? Ela é minha amiga! — gritei, abrindo os braços e os soltando ao lado do corpo. — É um absurdo ela fazer isso.

— Ninguém se importa, Luana. Relaxa.

Abri a boca, chocada.

— Eu me importo! Ela é minha amiga, e deu em cima de você.

— Ah, como se dezenas de garotas já não fizesse isso todos os dias... — falou Erick, olhando as unhas.

Cruzei os braços e o fuzilei com os olhos. O quarto pequeno parecia concentrar todo minha raiva.

— Ela nem sabia quem você era até a gente começar a namorar. E agora começa a te mandar mensagem? Isso é um absurdo.

Erick fingiu não me ouvir, se jogando na alta cama de casal, me olhando reclamar.

— Eu não deveria ter te mostrado isso... — murmurou.

— Você não mostrou. Fui eu que vi!

— Porque tava mexendo onde não devia.

Abri a boca outra vez, chocada.

— Você também mexe no meu celular! — Me defendi, apontando para ele.

— Mas não mexo nas suas mensagens.

— Eu não estava mexendo nas suas mensagens! — Cruzei os braços, não conseguindo evitar fazer bico.

— Ei... — disse Ella, minha colega de apartamento, dando duas batidinhas na porta antes de abrir e colocar a cabeça para dentro. — Vou ao mercado, querem alguma coisa?

— Não, obrigada Ella — respondeu Erick.

Neguei com a cabeça. Ela deu um sorriso e saiu.

Erick segurou em meu pulso e me puxou para a cama.

— Por que você não continua reclamando disso enquanto faz as malas?

— Eu não vou fazer as malas, Erick. Já te disse isso que não posso.

— Não pode ou não quer? — perguntou, levantando uma sobrancelha.

O encarei, também levantando uma sobrancelha.

— Pessoas normais precisam estudar. Se for pra escola comigo por uma semana eu viajo com você por uma semana.

Ele se jogou contra a cama, os braços atrás da cabeça enquanto olhava o teto.

— Isso não é justo. Você sabe que eu não posso.

Passei minhas pernas ao redor do quadril dele, me sentando sobre ele.

— Viu só. Eu também não posso.

Ele resmungou algo, puxando meu corpo para o dele e me abraçando. Nos girando na cama, Erick ficou por cima de mim. Seu rosto se inclinou sobre o meu, sua boca se juntando a minha. Mal foi um beijo, apenas nossos lábios juntos por alguns segundos. Quando ele estava prestes a abrir a boca, seus lábios se entreabrindo entre os meus, a porta se abriu outra vez.

— Opa! — disse Ella, fechando a porta. — Luna, preciso da chave do carro.

— Ta no móvel da sala — respondi.

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