The Boy Weird | Z.M

< 0.1 >

Está história foi escrita em 2015 por minha beldade.  Portanto estou á rescrevendo por conta de erros ortográficos, att.

Contém muita ironia e bobagem.

Igreja.

Era um dos lugares que era para estar na minha rotina, só que eu sempre conseguia escapar e ia somente aos domingos.

Como eu tinha preguiça de escolher alguma roupa, eu sempre tinha a mesma em meu corpo.  Vestia uma calça jeans de lavagem clara ,uma blusa com dizeres bíblicos e uma sapatilha nude.

Vamos entrar querida, antes que nos atrasemos! —Minha mãe me apressou pondo as mãos nas minhas costas.

Tivemos que ficar em pé por conta do local pequeno e cheio, mas logo a amiga da minha mãe conseguiu um lugar para ela, e eu disse que não teria nenhum problema de ficar aqui sozinha.

Boa noite irmãos! — Padre abençoou e finalizou a missa.

Minha mãe disse que iria conversar com Madalena, eu resolvi esperar ela no mesmo lugar, vi elas conversando perto do altar, desviei meu olhar e percebi que haviam pessoas novas na igreja.

O garoto ao lado da mulher mexia freneticamente no celular, me chamou atenção por estar quebrando as regras da igreja, ele vestia tudo o que era proibido, camiseta com desenho explícito, calça rasgada e um tênis desamarrado, o que fazia harmonia ao seu cabelo fora de ordem.

Talvez estejam perdidos, não pareciam ser religiosos —Pensei.

Ele estava acompanhado com quem parecia ser mãe dele, a mesma estava sozinha no canto, com o cabelo perfeitamente alinhado e um vestido longo que batia em sua canela, acompanhada de sua belíssima bolsa da Channel.

Com licença, você sabe me dizer aonde fica os horários das missas ? — A mulher sorriu simpática.

O menino rebelde que a acompanhava atrás manteve seus olhos em mim, com suas mãos tatuadas no bolso e feição séria, se eu estivesse sozinha com ele poderia jurar que ele iria me roubar, ou me faria algum mal.

Deus que me perdoe!

É claro, aqui ao meu lado! — Entreguei o folheto com os horários e os dias.

Obrigada.. — Ela aguardava que eu me apresentasse.

Tessa! — Apertei sua mão.

Será que seu filho tinha mãos tão macias quanto a dela ? Santo Deus!

Trisha! — Ela sorriu contente.

A mesma agradeceu mais uma vez pela pequena ajuda e foi embora, sem o garoto estranho dar uma palavra.

Observei Trisha entrar no banco do motorista em um carro de luxo, seu filho manteve sua feição seria.

Querida, vai para seu pai final de semana ? — Minha mãe disse na porta do meu quarto-

Não, sabe que nunca irei. — Encarei sua careta divertida.

Meus pais eram divorciados desde meus dezessete anos, resumindo, desde que eu nasci.

Meu pai mora a uns kilomêtros daqui. Porém se tem uma coisa que eu odeio é ter que fazer coisas obrigada, e minha mãe sempre me disse minha obrigação era ser apenas feliz.

Nada contra meu pai, mas não o queria por perto.

Nathalia vai queimar a minha campainha, parece que não tem paciência.. — Minha mãe revirou os olhos.

Desci correndo.  Nathy como eu a chamava, era minha melhor amiga desde que me entendo por gente, minha mãe nunca foi muito fã de nossa amizade, porquê digamos que ela era diferente.

Nathy — Disse quando vi-a sentada na calçada.

Tessa, trago um convite.. — Ela sorriu de lado.

O que ? — Aposto que era mais uma de suas "saídas".

Temos um encontro em um lugar novo, meia noite no becão! — Ela se levantou — Eu não aceito um não, vou lhe buscar as dez horas! — despediu.

Ela nunca aceitava um não..

Horas mais tardes, com Nathy me explicando o conceito e de quem frequentava este local, eu entendi o que era o Becão.

Becão, na verdade era um local onde os corredores e famosos se encontravam, quando acontecia os encontros eles acendiam uma lareira encima de um pneu, sentavam nas traseira dos carros, bebiam álcool barato e conversavam sobre as merdas que faziam.

E eu descobri que minha vida era muito distante das pessoas que frequentavam este local, eu era como o oposto delas, eu nunca fui em um becão porquê aquela não era a minha turma!

Sempre tive medo de desrespeitar meus pais, e sempre fui certa o suficiente pra fazer qualquer tipo de besteira, ou ir contra as regras de minha mãe.

O relógio marcava ás nove horas.
Ir ou não ir ao becão ?!

Rebecca, nossa amiga em comum, também estaria lá, e eu não me sentiria sozinha, além de várias outras pessoas. A diferença é que não era a primeira vez delas.