Capítulo 09 - Boas impressões

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— É a minha dança da vitória. — Respondi. — Além do mais, nem pretendo dançar lá.

Ela riu debochadamente, enquanto eu a ajudei retirar as coisas do carro.

A festa não seria muito grande. Iriam vir cerca de vinte pessoas. Alguns tios e alguns colegas de trabalho de papai.

Meus avós infelizmente moravam em outra cidade e não poderiam estar presente.

Papai já havia acendido o fogo na sua churrasqueira. Ele estava com um avental que eu havia comprado no seu aniversário do ano retrasado. Às vezes pegava mamãe na porta distraída o olhando de longe, havia um sorriso muito bonito em seus lábios.

Ah, ela era tão apaixonada por ele.

A campainha tocou, mostrando que os primeiros convidados já haviam chegado. Corri abrir a porta, enquanto mamãe tentou amenizar a bagunça que estava seu cabelo.

Ao abri-la, dei de cara com tia Alexia e tio Bruce. Um casal que me deixava muito confusa. Eram idas e vindas a todo o momento. Eles até conseguiram ficar dois anos separados, mas de alguma forma algo os conecta novamente.

— Quanto tempo. — Ela falou me abraçando.

Ela era uma mulher bonita. Até demais, quase foi modelo, mas optou pela confeitaria. Seus longos cabelos louros quase num tom de dourado batiam na sua cintura. Eu com certeza invejava seus fios.

Meu tio, por outro lado, havia largado a vaidade. A barba estava grande demais como de costume e seu cabelo não parecia ter um corte definido.

Não deu tempo para que eu fechasse a porta. Um carro já estava estacionando em frente a nossa casa. Lá de dentro era possível ver Georgia acenando freneticamente.

Geórgia era minha prima, havia completado cinco no mês passado. Tia Anna precisou de muito tratamento para conseguir engravidar, após três abortos espontâneos precisou apelar para inseminação artificial. Tio Kaleb não gostou muito da ideia de ter que deixar seus filhos em um pequeno potinho na clínica.

O importante era que tudo havia dado certo.

— Que linda você está menina. — Anna falou. — Tem algo diferente em você.

Kaleb me abraçou em um abraço apertado, levantando-me do chão com a sua força. Sua filha estava feliz demais e não queria sair do meu colo por nada no mundo.

Quando consegui respirar, aproveitei os minutos sozinhas para ir até meu computador, visualizar se Austin havia enviado alguma mensagem. Mas não havia nada.

Durante o tempo que fiquei no andar de cima, pude escutar a porta da frente bater vários vezes. Olhei da janela e já havia um bom número de carros lá na frente, o pessoal era pontual.

Ao descer os degraus, dei de cara com tia Betty a irmã caçula de mamãe. Ela segurava um embrulho de presente nas mãos e sorri olhando para Geórgia fazendo bagunça.

— Você chegou! — Falei animada.

De todas as minhas tias, ela era a minha preferida. Mas isso era um segredo que nem mamãe sabia.

Ficamos abraçadas por um tempo, enquanto ela cochichava coisas obscenas no meu ouvido, era um hábito que eu já estava acostumada.

— O Patrick veio? — Perguntei tentando avistá-lo entre os convidados.

— Está lá atrás. — Respondeu.

— Vou em uma festa hoje. — Contei.

E eu não deveria ter contado, porque houve uma chuva de perguntas sobre a possibilidade de eu estar namorando.

Precisei negar todas as suas insistências.

Não demorou muito para que tia Dannah irmã de papai e viúva chegasse com sua filha Edwina. Infelizmente em um acidente de carro Michael, seu marido acabou vindo a óbito. E quando imaginávamos que ela não encontraria mais forças para continuar, Deus colocou Edwina em sua vida. Era uma adorável menina que encontrava-se em adoção. Ela era estrangeira e vinha de algum país onde os pais morreram na guerra.

 Ela era estrangeira e vinha de algum país onde os pais morreram na guerra

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As vantagens de não se APAIXONAROnde histórias criam vida. Descubra agora