Capítulo 33 - Despedida

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Muitas músicas já haviam se passado desde que chegamos, e embora em alguns momentos houvesse achado que não aproveitaria tanto, eu havia dançado muito.

Havia deixado a minha tristeza de perder meu primeiro e único amor de lado, para aproveitar meu último dia para aproveitar com meus amigos.

Por sorte as músicas lentas eram poucas, porém nesses breves momentos sempre ficava sem graça.

Comemos e bebemos muito refrigerante, suco e água. Afinal, eram as únicas bebidas que ofereciam em um baile para menores de idade.

Cate estava muito feliz em ter conseguido trazer Josh para o baile. Os dois realmente faziam um belo casal. Era evidente a sintonia que os dois tinham. Era como se qualquer um que visse de longe enxergasse a química que havia ali.

Por alguns minutos não procurei mais por Austin, até mesmo posso dizer que esqueci da sua presença ali.

— Eu já estou indo, amanhã farei uma viagem com meus pais e preciso estar bem disposto. — Kevin iniciou contando ao se despedir. — Iremos acampar.

— Nossa, você precisa descansar mesmo. — Falei animada. — Muito obrigada por ter aceitado ser meu parceiro esta noite.

— Eu é quem agradeço pelo convite e também pelo jantar com seus pais, foi tudo ótimo. — Kevin me abraçou, pegando-me de surpresa, mas uma boa surpresa.

Estalou um rápido beijou em minha bochecha e saiu acenando.

Josh e Cate estavam aos beijos e chamegos na mesa, ou seja, eu estava de vela.

— Acho que já estou indo também. — Falei ao casal que interrompeu o beijo para me olhar.

— Nem anunciaram o rei e a rainha do baile deste ano, não quer esperar? — Perguntou Cate.

Balancei a cabeça negativamente. Não estava nenhum pouco interessada, principalmente por saber que haviam grandes chances de Austin subir naquele palco.

Dei um beijo e um abraço nela e um pequeno beijo na bochecha de Josh, que muito atencioso me ofereceu uma carona que recusei para não estragar a noite de vocês.

Estava caminhando pela calçada bastante iluminada em frente ao salão. Haviam muitas pessoas por ali, principalmente professores, assim seria um local mais seguro para ficar e esperar por papai.

— Amélia? — Escutei a voz de Austin me chamar e assim que me virei, lá estava ele parado me olhando.

Encarei seus olhos sem ao menos dizer uma palavra. Não queria ser fraca, não queria falhar na sua frente.

— Amélia? Por favor, não vá para Yale. — Austin estava basicamente implorando para que eu ficasse.

— Austin eu te amo. Ah eu como eu te amo. Eu acho que nunca amei tanto alguém como amo você. Vivo essa rotina de te amar há anos, mas sabe, eu não te amo tanto assim, não a ponto de deixar meu sonho de lado para ficar aqui. — Iniciei falando, fazendo com que o mesmo esboçasse várias caretas como reações. — Agora chegou a hora de cuidar de mim, de focar no que eu quero. E o que eu quero é ir para Yale. Eu tenho diversos motivos e razões para ficar, mas esse é o meu momento. — Afirmei confiante. — Eu não quero que isso seja um adeus, quero que seja um até logo, mesmo porque mamãe está prestes a dar a luz e eu virei sempre que possível para cá. E se um dia a gente se reencontrar quero que estejamos maduros o suficiente para tomarmos as melhores decisões, sejam elas para ficar juntos ou separados.

Andei a passos lentos até o Austin, segurei seu rosto com as mãos e uni nossos lábios. Não fora um beijo, na verdade fora mais como um selinho super demorado. Mas talvez esse seria o nosso último beijo. Quem sabe a nossa história estaria terminando ali.

Não demorou para que papai chegasse. Estacionou o carro onde eu estava e cumprimentou Austin assim que o avistou.

— Até logo Austin. — Me despedi.

— Até logo Amélia. — Sua voz saiu tão baixa que quase não consegui escutar, por sorte a música não estava mais tão alta, o que atrapalharia o entendimento.

Assim que papai deu a partida no carro, nossa distância fora aumentando e ali percebi que ela só aumentaria dali em diante.

Uma pontada de saudade instantaneamente surgiu em meu peito. Aos poucos senti meus olhos encherem de lágrimas. Papai limpou a primeira que ousou cair e em seguida alisou meu cabelo.

— Eu te amo, vai ficar tudo bem. — Ele afirmou compreensivo. — Às vezes a única coisa que precisamos é de tempo. Nem todo mundo está preparado para viver um grande amor tão cedo.

Papai e mamãe sempre tinham o dom de acalmar meu coração. Eles sempre vinham com as melhores palavras para me deixar tranquila.

E assim que papai estacionou seu carro, apertei forte a sua mão, a partir daquele momento eu estava disposta a seguir meu sonho. A ter uma vida incrível para mim. A viver essa nova fase da minha vida intensamente.

FIM

XXX
Como eu havia dito no capítulo anterior, a história estaria chegando ao fim, com suas 15 vantagens para não se apaixonar.
Pretendo fazer a continuação dela sobre período em que Amélia vai para a universidade, o que acham?
Espero que vocês tenham entendido o objetivo da história, em você, seja homem ou seja mulher, quando estiver em um relacionamento, manter suas vontades, seus sonhos e não desistir por ninguém. Abra espaços se necessário, mude datas, dê um pause, mas dê continuidade, vá atrás do que realmente quer.
E acima de tudo, SE AME, SE VALORIZE, SE PRIORIZE.

As vantagens de não se APAIXONARWhere stories live. Discover now