13º Capítulo

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Posso vos dizer que já passou 1 semana que não vejo o Luke após a nossa "troca de palavras" digo assim, para não me sentir ainda pior. Ele falta algumas aulas e as que ele vai normalmente são as de artes, neste momento estamos em hora de almoço:

- Gente, eu vou às bancadas buscar uma coisa que me esqueci, sim ? - sorri.

Ash: Rápido, parece que vai começar a chover – sorriu.

Eu: Sim Papa Ashton – rimos.

Comecei andar nas calmas até as bancadas, afinal a chuva não mata ninguém! Estava a entrar na porta e vejo logo o meu livrinho de Artes que tinha deixado, busquei-o e desci as escadas, mas algo chamo-me a atenção, vi um rapaz sentado por de trás das bancadas, a ler um livro, fui-me aproximando cada vez dele, e eu juro, que aquele rapaz era ... Luke.

Luke: Diana ? – disse nervoso guardando o livro.

- Aquele livro era o livro que te dei ? – sorri.

Luke: Sim é o teu estúpido livro – revirou os olhos.

- Respeito, esse é o meu livro – cruzei os braços.

Luke: O que fazes aqui ?

- Vim buscar um livro que me tinha esquecido – sorri reto – E tu porque faltas as aulas, pelo menos algumas ?

Luke: Problemas pessoais e a razão não foste tu, não te preocupes - afirmou.

- Eu sinto que fui – sussurrei olhando para o chão.

Luke: Porquê que pensas que a razão eras tu ?

- Sei lá, a nossa troca de palavras - murmurei 

Luke: Pois,  mas não és! – levantou-se pegando na sua mochila e pondo às costas – devias ir para a cantina, vai começar a chover – começou andar no lado oposto a mim, já se ouvia os pingos da chuva

- Porque é que não sou eu a razão – corri até ele, pondo-me à sua frente. Estávamos os dois no meio do caminho. Tínhamos pelo menos 5 metros de distância. A chuva estava forte naquele momento por isso a minha voz era confundida com o ruído da chuva.

Ele olhou para mim, meio confuso, porque é que eu disse isto ? Mas eu admito, ele é especial. Mesmo quando ele fala-me mal e arrogante, ele continua a ser alguém que ao meu lado por vezes consegue ser transparente ao nível dos seus sentimentos. 

Luke: Querias ser a razão ? – olhou para mim confuso.

- Porque não ? 

Luke: A razão é que eu também gosto de uma pessoa, mas não a posso ter. Eu tenho medo dos meus próprios sentimentos. Nunca me senti assim... – disse ele olhando para o céu, pois estava a chover cada vez mais, e continuou andar no sentido oposto de mim.

- Porquê que não a podes ter ? – gritei devido à distância, fazendo-lhe virar e olhar para mim.

Luke: É complicado.

- Nada é impossível.

Luke: Entende, eu não a posso ter! – gritou mais alto que eu.

- Quem é ? – gritei, mas desta vez ele não se voltou, nem me respondeu – Não devias desistir dela...

Conseguia ouvir a chuva, que batia naquele chão velho. Numa mão eu estava com o livro, que já não podia chamar de livro, porque já estava todo molhado e a outra, estava agarrar a manga do meu casaco. Estava a chover imenso. Ele tinha uma mão agarrar na alça da sua mochila e a outra estava no bolso do seu casaco. Ele andou até mim, ficando apenas uns centímetros da minha cara. 

Luke: Mas eu não desisti dela.

-Mas se não foste tu, foi ela que desistiu ? 

Luke: Tu és mesmo cega, não és ? - suspirou

-O que aconteceu ? - falei olhando para o chão

Luke: Não se pode ter tudo na vida. Eu sou do mal e ela do bem. É perigoso juntar.

- Opostos atraem-se.

Ele não respondeu, simplesmente virou as costas e continuou o seu caminho.

- Sou eu ? – gritei, ele parou de andar e abaixou a cabeça, gritei de novo – Sou eu ? - fazendo eco. Queria que fosse eu.


Rapaz Misterioso || Luke Hemmings [Editing]Where stories live. Discover now