Nunca fui tão humilhada em minha vida! Humilhada por um homem irritante, sem honra, e que ainda parece estar mais empenhado em ser meu cunhado.Primeiro não sei onde poderia estar com a cabeça para tentar esconder-me. Não deveria ter feito isto, deveria tê-lo enfrentado, demonstrar indiferença a seu flerte descarado com a cantora italiana. Ele achou-me, e vingou-se por eu ter invadido sua privacidade.
Para minha surpresa, beijou-me, tenho certeza que sua ideia inicial era me assustar, mas algo mudou, e tenho que dizer, o beijo assustou-me mil vezes mais que sua postura ameaçadora. O meu primeiro beijo, foi dado naquele que deseja com afinco se tornar meu cunhado. Isso não poderia ser menos certo, não é mesmo?
Pois quanto ao beijo, tenho que escrever sobre... Ainda que tenha sido com o Visconde - o Horrível-, pois é um marco não é mesmo?!
O beijo arrancou-me o fôlego, não sabia inicialmente como portar-me, teria um manual de etiquetas para beijo? Nunca ouvi falar, mas deveria. Como nós senhoritas estaríamos preparada para um ataque sensorial de tal magnitude? E como saberíamos como nos portar, onde colocar as mãos e o que esperar? Foi diferente de tudo que imaginei, não que tivesse me demorado pensando em tais coisas, e muito menos imaginei beijá-lo.Mas seria hipócrita se dissesse que não foi maravilhoso, maravilhoso beijá-lo, maravilhoso sentir-me desejada, não era a preterida, apenas a irmã de Edwina, ele estava ME beijando. E mesmo sem o manual, ele pareceu gostar, e temo que eu também estava gostando, pois os seus carinhos eram experientes, e ateavam fogo em meu sangue. Como mulheres podem resistir a isso? Agora entendo todo aquele interesse por parte da cantora. Suas carícias não se restringiram a beijos, e não queria que parassem, sendo sincera com você diário.
Naquele momento minha mente não conjurou nenhum motivo para não me entregar a suas habilidades tão notórias.Quando falou as palavras: "Ah Kate. Meu Deus, você tem um gosto delicioso." Acordei, meu cérebro se desconectou dos lábios do Visconde, e essa frase deu-me impulso para afastá-lo, sim porque não poderia continuar a beijar aquele que quer desposar Edwina. Esse é um comportamento reprovável, indigno, errado. Quando o questionei sobre o motivo pelo qual me beijou, ele respondeu-me porque quis. Fiquei enfurecida, porque entre os dois eu claramente era a menos experiente e por tanto fui seduzida, e não pensei com coerência, não é mesmo? E ainda assim ele me acusou de corresponder, o que em nome de Deus eu poderia fazer?
Ataquei-o com toda a minha força, queria apagar tudo o que havia acontecido. Coloquei espaço entre nós, não confiava em minha força de vontade para manter-me longe de seus lábios. Mas suas atitudes serviram para irritar-me ainda mais, ele mesmo depois de me beijar ainda tem intenção de casar-se com Edwina. Enlouqueci, perdi minha última gota de bom senso, explodi e gritei com ele. Como pode supor que eu deixaria que ele se casasse com minha irmã, ainda mais depois do beijo que partilhamos?
A ira Injetou energia renovada a minha disposição de impedir o casamento, e ao verbalizar meu descontentamento ele tentou humilhar-me, jogou a chave do escritório a meus pés. Minha vergonha se igualou ao ódio que estava sentindo, fiz um esforço hercúleo para não chorar, ainda que meus olhos estivessem queimando. E deixei claro para aquele crápula que com Edwina ele não se casará!
#KSheffield
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Diário de Kate Sheffield
FanfictionFanfic criada a partir dos capítulos do livro O Visconde que me amava da Julia Quinn. Kate sempre foi a irmã prática e determinada, aquela que sempre receberia o segundo olhar, pois sua irmã Edwina desde cedo era a que recebia os primeiros. Resign...