Há justiça no mundo?

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Primeiro não deveria ter aceitado tão passivamente a ideia de ir a um baile na casa dele. O que acaso eu pensei, que não nos encontraríamos? Que poderia evitá-lo? Tolices, óbvio que ele estaria lá, óbvio que se pavonearia na minha frente, é óbvio que eu sairia mais irritada do que nunca.

O mundo não é justo!Não, não é.Um mundo onde tem uma cantora italiana que além de cantar como um anjo, tem um beleza ofuscante, este não pode ser justo. Muito menos quando o ser mais odioso - em meus critérios óbvio - se apresenta tão lindo, relaxado e ainda receptivo as atenções da tal cantora, eu só acredito que este possa ser o pior dos mundos para se estar agora.

E quando desejo e consigo fugir daquelas demonstrações de convite sexual explícitas, ao invés de fugir para longe, acabo no covil do inimigo, não que tivesse ciência disto pelo amor de Deus.

Não tendo tempo para planos elaboramos me escondi no lugar mais óbvio, e o que escutei, trouxe uma mistura de asco e revolta, a você posso admitir houve mais um sentimento, porém este em absoluto pretendo nomear, que dirá tê-lo escrito. Como pode querer se casar com Edwina e planejar ter como amante a tal cantora? Esse homem não tem honra.

Fui descoberta, claro, ele não poderia servir-se e seguir o caminho, tinha que avistar-me ali escondida, em uma posição degradante.
Senti meu corpo esvair- se de todo o sangue. O que ele faria comigo? Damas não invadem escritórios de cavalheiros, jamais.
Ainda mais quando discutem seus acertos com possíveis amantes. Minha mente já sabia que estava encrencada, e tudo o que desejei no início da noite era me manter longe, ledo engano...

Continua...

KSheffield

Diário de Kate Sheffield Onde as histórias ganham vida. Descobre agora