A Vampire's Dangerous Love|| Niall Horan 2º Temporada

She's back.

Niall's POV On#

As ruas movimentadas de Londres lembravam-me de quando eu tinha de vir aqui buscar algo para Beatrice ou para os reis. Lembrava-me de quando os meus pais me traziam para visitar-mos o Big Ben em construção, e que agora, em 1858, já está terminado. De passear com Beatrice quando ela era pequenina e fazia perguntas sobre tudo e todos. Lembrava-me também dos passeios que eu dava com Marcie...

Marcie Peake. Uma rapariga da minha idade, loira, olhos verdes, baixa, mas com tudo no sítio, ela era linda, sem dúvida, mas era uma pessoa horrível, ela mal tratava todos, desprezava muitos, era rude e convencida. Essa pessoa era a minha namorada... Eu estava cego nessa altura, ela tinha-me na mão dela, eu fazia tudo o que ela queria, e ela sabia disso, ela abusava disso. Eu era praticamente um cão, seguia-a para todo o lado, fazia tudo, até o impossível só para a agradar... Mas isso acabou. Acabou no dia em que me tornei o que sou, acabou quando vi que não valia a pena, enquanto eu a considerava prioridade ela apunhalava-me pelas costas, indo para a cama com todos os outros...

Quando ainda era humano, depois de estar com ela, nos nossos últimos dias, era com Beatrice que encontrava felicidade, naquela pequena criança que tinha um futuro reino pela frente, que tinha a felicidade pela frente. Mas o destino mudou isso e ela agora é minha, ela agora faz parte do meu mundo, porque agora encontrei quem eu realmente amo e que me ama de volta, sem me mandar abaixo, ou tratar-me abaixo de cão. Mas eu não sinto que mereço esse amor, eu menti-lhe, e agora não sei o que vai acontecer com Marcie, eu nunca seria capaz de fazer alguma coisa contra Beatrice nem contra o nosso relacionamento, mas eu não sei o que esperar de Marcie, não sei se ela se lembra de mim, se sabe sequer que eu desapareci. Mas mês e meio a treiná-la não vai ser fácil, mas mês e meio sem a Beatrice muito menos...

Comecei a andar calmamente, mãos nos bolsos do casaco e gola puxada a tapar a boca. Aqui em Londres faz sempre muito frio, especialmente no inverno. Era de noite, a escuridão entrava pelaspequenas ruas mais remotas de Londres, pela parte mais pobre de Londres... Isto é, a parte que costumava ser mais pobre, porque agora não há grande diferença, visto que Jason roubou toda a riqueza do reino.

Viam-se pessoas a tremerem de frio, cobertos por apenas um leve casaco e roupas rasgadas, e sem sapatos, muitos deles pediam por esmola ou até mesmo uma migalha de pão. Mães a abraçarem os corpos dos seus pequenos filhos, magros e com fome, fracos e quase sem roupa. Mulheres grávidas que se notava a barriga e os ossos. Homens à briga por causa de uma maçã, rapazes a correrem das lojas com pequenas coisas, raparigas por volta da minha idade e até mais novas a venderem o corpo... Este país estava uma desgraça, tudo por causa daquele aldrabão.

Virei numa esquina e parei... Isto ia ser mais complicado que eu pensava... Estava uma rapariga com a boca cheia de sangue a beber de um corpo de homem morto no chão... Marcie... Aproximei-me e ela ergueu a cabeça. Sorriu, aquele sorriso malévolo e nojento. Ergueu-se calmamente, os seus dentes eram visíveis, a sua boca e queixo pingavam sangue fresco. Do nada Marcie voou sobre mim, atacando-me.

Eu já esperava este comportamento vindo de recém-vampiros, encontraram uma presa e nada de partilhar, com eles é sempre assim. Agarrei Marcie pelos braços e atirei-a para o chão, ela tentou ripostar mas aí eu fui mais rápido e prendia contra a parede, com um braço encostado ao seu pescoço. Marcie tentava arranhar-me mas sem sucesso, os arranhões dela não me faziam nada.

Tirei o casaco, deixando os meus dentes visiveis, mostrando o quão superior eu era comparando com ela. Marcie encolheu-se de medo, analisando-me melhor. Os seus dentes encolheram e os seus olhos voltaram a ficar verdes, Marcie deixou um sorriso escapar e os seus olhos lacremejaram, ela lentamente abriu a boca e suspirou...

Marcie: Nialler...

Arregalei os olhos... Ela lembrava-se de mim. Marcie passou os seus longos dedos pela minha face e soltou um pequeno riso. Uma lágrima escorreu pela sua face, enquanto sorria.