Capítulo Dois

Começar do início
                                    

Ernest grita animado o nome do tio no seu colo, apontando com o dedo. Harry segue com o olhar, avistando pela primeira vez o tão comentado irmão caçula das mulheres Tomlinson. Louis está sorrindo e pula a divisão entre o campo e as arquibancadas, ultrapassando a multidão de repórteres e câmeras para chegar até eles.

As gêmeas são as primeiras a chegar nele, abraçando-o pelo pescoço. Louis as aperta contra o peito, beijando suas testas enquanto falam algo. Fizzy, Doris e Becky são os próximos, juntando-se ao abraço. Harry para e Lottie e Tommy pegam Ernie dos seus braços, entrando no abraço também. Harry fica assistindo emocionado a cena em família. Um conjunto de sentimentos juntos que o abalam profundamente.

Nada além daquela cena importava mais. Os flashes dos fotógrafos, os gritos dos repórteres e da torcida. As lamentações do adversários ou o quão caótico está todo o estádio. Tudo o que Harry vê é o amor compartilhado por toda aquela família. Ele ansiou aquele amor por tanto tempo que era quase irreal o que via.

E quando Louis ergue a cabeça, rodeado pelo amor e orgulho de toda sua família, os olhos azuis dele encontram os seus verdes em meio ao caos da felicidade.

Louis sorri para ele e algo dentro de Harry queima, iluminando a escuridão que havia sido sua vida toda antes daquela troca de olhares.

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19/05/2018. Sábado, 21:43, Mansão Tomlinson.

- Enfim nos conhecemos. - Louis oferece a taça de champanhe que tem para Harry ao se aproximar. Ele já não usava mais o uniforme do time e sim uma roupa de festa, os cabelos úmidos do banho recente e o sorriso largo.

Harry sorri tímido para ele, quase se fundindo a parede na qual se isolou do restante da festa. Nem Doris nem Fizzy permitiram que fosse embora sem antes passar um tempo na festa para que pudesse curtir e conhecer seu irmão. Não que ele tenha feito algo além de esconder-se até então.

A mansão dos Tomlinson abrigava mais de cem convidados, ninguém que conhecesse, sem contar os outros jogadores e os próprios Tomlinson. As crianças não participariam da festa. A sala de estar fora convertida numa pista de dança, uma música eletrônica alta ecoando por todo o ambiente.

A iluminação era fraca, com alguns pontos mais evidentes, os garçons serviam as bebidas e canapés. Havia alguns fotógrafos espalhados, refletores coloridos ligados e pessoas dançando, se agarrando e se beijando pelos cantos.

Harry pega a taça de champanhe e Louis se apoia na parede ao seu lado. Ambos ocultos no canto escuro, as luzes coloridas piscando. - Gostou do jogo?

- Gostei. Gostei muito. - Harry sente o rosto e o colo queimarem e agradece por estar no escuro. Conseguia ver Louis, mas tinha certeza não ele não conseguiria vê-lo corar como estava. - Foi o primeiro jogo que eu assisti, para ser sincero.

Louis ri, virando-se de lado. Seu corpo barrando ainda mais a iluminação escassa do ambiente. Se fosse alguns meses atrás, e fosse Nicholas no lugar de Louis, Harry sentiria-se sufocado. Preso. E agora, a única coisa que sentia era o corpo quente sobre os olhos azuis do homem.

- Você não parece ser alguém que vá em muitos jogos. - Não foi uma pergunta, e ele se aproxima. Baixando a voz ainda mais. - Minhas irmãs falam de você o tempo todo Harry. Todos os dias, sempre que estou por perto.

Harry aperta a taça, a respiração ruidosa. - Elas também falam de você para mim. Sua família o ama Louis.

- Sim. Ela me amam e amam fazer propaganda sobre mim também. - Ele ergue o braço, bebendo de um copo pequeno. - Quer sair daqui e ir lá para cima comigo?

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