A Resposta Das Minhas Orações

22 - (parte 2)

Leonardo cuidou do estoque, recebeu os clientes de forma muito simpática, cuidou do caixa e até deu dicas para alguns clientes, que saíram satisfeitos com um sorriso no rosto. Em nenhum momento eu saí do seu lado. Ele é muito apto para a vaga.

Fechamos a loja. Os outros funcionários foram embora e nada do meu irmão chegar.

Me lembrei que foi nesse mesmo shopping center onde eu o vi pela primeira vez… mas nem podia tocar no assunto. Não por enquanto.

Leonardo desceu o portão da loja e fomos em silêncio para a frente do shopping Magic esperar meu irmão.

Silêncio.

Eu gostaria muito de poder conversar com ele como duas pessoas normais. Mas minha maior meta era ser usada por Deus para penetrar naquele coração confuso e fazer ele cair na real de que sem Deus não dá pra viver.

— Hum… - ele disse, chamando minha atenção para o que diria a seguir - como me saí no teste?

Ora bolas, que assunto óbvio. Como não pensei nisso antes?

— Se saiu muito bem. Se encaixou em todas as áreas e com certeza é quem meu pai procura para ocupar a vaga.

Ele sorriu. Ah, seu sorriso é tão lindo…

— Então, a vaga é minha?

Fiz ar de mistério.

— Não sei. Ainda vou falar com meu pai, mas, eu te aviso - sorri de canto.

Ele me olhou com ar chocado. — Muito engraçada você viu.

Prendi minha risada.

Relaxei mais um pouco.

— Viu a Megan antes de sair? Sabe se ela está bem?

— Não… ela tava dormindo. Mas não quero nem ver o que minha tia e meu tio vão fazer com o Isaque viu? Aquele playboy metido a besta - bufou.

— Não conhecia seu lado protetor - dei um risinho.

Ele me encarou. Pareceu surpreso.

— Eu não sou nenhum covarde! - brincou.

— Às vezes eu suspeitava disso.

Ele semicerrou os olhos mas não falou nada. Não por falta de vontade mas sim porque meu irmão chegou e buzinou para entrarmos no carro.

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— Cara, eu quase não acreditei quando você me ligou - Nicolas dizia enquanto andava dentro do meu quarto com meu ursinho na mão - eu só acreditei quando vi ele entrando no meu carro!

Eu ri.

— Um digno Tomé. Só acredita vendo - revirei os olhos e ri.

— Agora tenho medo de te deixar sozinha lá com ele. Serão todos os dias - suspirou.

— Deixa de bobagem - me levantei da cama e fui para o closet. Nicolas sentou na minha cama, longe do meu campo de visão.

— Você acha que é seguro? - gritou.

— Claro que sim.

Terminei de me vestir e saí do closet.

— Agora pode dar o fora - apontei para a porta do quarto - vou na casa da Megan - ele me olhou sério. - tá bom, tá bom. - bufei e olhei para ele sustentando o seu olhar - eu não sou a garota mais forte que você conhece. E nem vou ser. Mas o Léo não é uma pessoa agressiva…

— Léo? - me interrompeu - que intimidade é essa?

— É só pra encurtar o nome dele - revirei os olhos - olha, eu sei me cuidar, tá?