Admita. Você já teve uma paixonite de alguns minutos. No ônibus, no shopping, na rua, no metrô... enfim, vários lugares.
E você pensa que nunca mais reencontrará tal pessoa, certo? Agora, imagine se a reencontrasse?
Seria bom, ou ruim?
Difícil re...
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— Você? - exclamamos ao mesmo tempo.
O que mais eu poderia dizer ao ver Leonardo parado a minha frente com a notícia de que seria ele o concorrente a vaga de emprego?
Ele estava parado. Com um sorriso de canto que… meu Deuzinho, mexia muito com meu psicológico.
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— Tudo bem. Entendi.- suspirei.
Tratei logo de sair de trás do balcão.
Ele observou minha farda e com seu jeito calmo, apoiado de lado sobre o balcão, disse:
— Então quer dizer que você é a filha do dono?
Parei em frente a ele. Como ele conseguia tanta naturalidade? Isso me irritava.
— Sou sim.
Passei as mãos por minha blusa, endireitando-a.
— E você? É o misterioso concorrente?
Fiz sinal para que me seguisse, ele atendeu e veio andando ao meu lado. Era possível sentir seu perfume e eu estaria mentindo se dissesse que é ruim.
— Misterioso? - colocou as mãos no bolso e baixou a cabeça - não sabia que eu tinha esse título.
— É como chamamos uma pessoa que não quer revelar seu nome - olhei para ele, que me sorriu. Ah, aquele sorriso…
Balancei a cabeça e, parei. Ele parou também.
— Aqui é o corredor dos skates e pranchas de surf. É o mais espaçoso e frequentado. É comum ver jovens e crianças andando de skate no meio da loja. - sorri, observando aquelas coisinhas de quatro rodas - cá entre nós, mas eu já vi cada queda aqui… - ele riu de forma espontânea que foi difícil não rir também.
Mostrei o restante da loja a ele. Ele ficaria na parte da logística e controlar o estoque. Sempre revezamos os funcionários para que não fiquem desconfortáveis em uma só função. E deixei isso bem claro a ele.
