Capítulo 5

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Laura empurrou Floquinho. O maldito gato tinha se enganchado em sua cintura e não se movia. Ela estava sonolenta e se aconchegou ainda mais nos cobertores quentes e acolhedores tentando a todo custo fazer o bichano desenroscar.

Ele realmente estava inerte e pesado.

Irritada e sem paciência murmurou.

- Floquinho sai, você está precisando fazer realmente um regime. Gato mais gordo, meu Deus. Fique longe da minha cama, vá deitar na sua e me deixe dormir mais uns dez minutinhos.

Quando o peso em sua cintura apertou ao ponto de se sentir colada a outro corpo quente, a sonolência acabou de imediato, fazendo Laura acordar.

Ela fez uma prece silencioso, e com toda coragem abriu um dos olhos. A primeira imagem que viu através do espelho fora o braço bronzeado em volta dela.

-Puta merda! - Ela gritou, se debatendo na tentativa de se soltar do agarre e ficar bem longe do calor daquele corpo colado ao seu.

Hector sorriu e piscou para ela, seu cabelo despenteado e peito nu proporcionavam uma visão e tanto. Por alguns instantes, ela ficou desnorteada apenas com aquela visão. Mas foram por poucos segundos.

-O que você está fazendo na minha cama, Hector? Não me lembro de ter lhe convidado.

Ele sorriu e colocou os dedos atrás da cabeça dando assim uma visão mais ampla do que estava descoberto e de seus braços fortes.

Laura engoliu em seco. Ela parecia estar vendo um anúncio de cuecas da Calvin Klein, bem ali ao vivo e a cores.

Indignada, ela manteve-se séria e com os olhos focados no rosto do homem que parecia bem à vontade em seus lençóis. Mostrando o quanto estava aborrecida, já que sua cara não negava a indignação por toda a situação corrente e com as mãos em seus quadris lhe indagou novamente.

-O que você está fazendo na minha cama, Hector? Você tinha ido embora e quando eu fui dormir você não estava aqui e eu nem lhe convidei.

Ele sorriu novamente. Era mesmo um descarado, pensou ela.

-Claro que você fez. Eu voltei, cheguei e perguntei se estava tudo bem se eu deitasse com você. Pelo que me lembro, sua resposta foi exata, Uh-huh, que eu tomei como uma afirmativa.

Mesmo sonolento, ele continuava sorrindo, melhor rindo pra ela ou rindo da cara horrorizada que Laura estava.

Ela cerrou os dentes para não sorrir daquela situação e da cara de pau dele.

Na época, que eles namoravam, ele sempre adorava deixá-la "toda irritadinha". Ele achava engraçado e, geralmente, ela também. Mas agora eles não estavam mais juntos, e ele com essas ações descabidas a deixavam confusa e vulnerável.

Ela respirou fundo. Recusava-se a permitir que ele a fizesse de idiota.

- Hector, uh-huh é mais um grunhido do que uma palavra. Seu idiota eu estava dormindo, eu responderia isso a qualquer coisa ou alguém que me pergunta-se.

Ele apenas sorriu para ela, um verdadeiro sorriso de molhar calcinha.

-Eu pensei que poderia ser o caso, então eu perguntei novamente e sua resposta foi apenas afastar seu lindo traseiro para ceder um espaço pra mim ao seu lado. Então, eu não faria uma desfeita a um convite tão tentador e foi isso que eu fiz.

Furiosa, mas contendo qualquer resquício de vontade de rir pela manipulação descarada dele, Laura apenas jogou as mãos no ar e virou-se para sair do quarto. Antes que ela pudesse dar mais do que dois passos, os braços de Hector a puxaram de volta para o colchão. Tendo seu sono rudemente interrompido pelo pouso do corpo de Laura, Floquinho rosnou aborrecido e pulou para fora da cama, não antes de olhar para sua dona expressando todo seu descontentamento.

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