TOQUE DE SEDUÇÃO 3

CAPÍTULO 34: BATALHA [PARTE 1]

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Mhylla e Neythan estão dentro da corporação enquanto Sabrina e Alexander abre caminho entre os cavaleiros da morte para que eles consigam resgatar Marcela, Liam, Lionel e Ambre, no caminho são atacados, enquanto Mhylla e Neythan tiram Caique do prédio que descobre o segredo de Neythan.

Markus e Connor vão para a entrada impedir que alguém entre

Mhylla fica para trás enquanto Neythan procura um lugar para manter Caique a salvo, e, então ela é atacada por alguém.

AGORA

Quando acordei, senti-me muito atordoada e com a cabeça latejando, não consegui enxergar nada até minha vista desembaralhar e tudo ganhar foco, e, como em um pesadelo que eu já havia presenciado antes, eu estava presa em uma cela com uma criatura esguia me encarando.

Julia

Ela sorriu, mostrando uma fileira perfeita de dentes, um ar arrogante e dissimulado estampava a cara dela.

— Teria sido muito mais fácil se você tivesse se rendido. — Ela sorriu — Mas confesso que essa brincadeira de pega-pega me deixou bastante animada. Eu gosto de brincar com a presa antes de enfiar as minhas unhas nela.

— Vá sonhando! — Esbravejei, já de pé e encarando-a, e,então comecei a tossir de repente, sentindo muita dor.

Ela aproximou-se da cela, andando como um gato manhoso prestes a pular na presa, um meio sorriso se formou no rosto dela enquanto ela me fuzilava com os olhos sem pudor nenhum.

Ela continuou me olhando assim, quando minha garganta parecia estar se fechando por dentro e a dor começou a tomar conta de todo o meu tórax parecendo esmagar meu peito, eu comecei a tossir mais ainda, caindo no chão, quando senti um gosto metálico na boca. Passei o polegar quando percebi que era sangue.

Era impossível isso, como eu havia ficado tão mal de uma hora para a outra? Não era possível, a não ser, claro, que Julia...

Ela sorriu

— V-você está fazendo isso! — Gaguejei, e, finalmente ela piscou tirando os olhos de mim. — É impossível, como você pode me ferir sem me tocar? Os originais...

— Aquela rale? Como é possível se denominarem "Originais" sendo que são meras copias? — Ela bufou — E nem ao menos conseguem copiar poderes. São uma raça podre que merece ser erradicada. Nós, os Nobres, somos puros. Somos a raça mais pura que existe, não há ninguém com um poder que se iguala ao nosso. Sabe por quê? Não fomos criados. Nascemos!

— Por quê? — Perguntei, e ela entendeu a pergunta

— Porque essa raça profana não deveria existir. Originais e sei lá mais quais rótulos inventaram não deveriam existir. Não deveriam estar por ai brincando de Deuses ou usando esse poder de maneira tão errada. Eles são todos errados. Vocês são! — Ela apontou pra mim, com raiva, vi o nojo estampado na cara dela.

— Isso não os dá o direito de brincar com a vida dos outros.

Eu comecei a tossir de novo sentindo tudo dentro de mim se retorcer, parecia que ela estava esmagando meus órgãos por dentro e somente com o olhar.

— Mhylla. — Falou, com a maior naturalidade como se já fossemos amigas há tempos — Sente essa dor? Posso fazer você sofrer. Posso te matar ou fazer você entrar em agonia eterna somente com o olhar, se eu simplesmente tocar você, posso decidir o que quero fazer, posso te matar com a ponta da minha unha, posso te seduzir só com meu olhar, tenho a força para levantar um avião se fosse necessário, Posso criar uma terrível alucinação na sua cabeça que vai parecer tão real, mas tão real que vai te enlouquecer, enquanto por fora, você estará definhando. Posso colocar imagens na sua cabeça igualmente de qualquer um ao seu lado fazendo-os terem a mesma visão. E sabe de uma coisa? Isso é só o começo. — Ela riu — Enquanto vocês, se derem um passo falso são tomados por esse poder que pode enlouquecê-los. Foi um experimento que deu muito errado. E temos a missão de erradicar todos, da face da terra.