Pelo Amor - Afonsarina

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-Majestades.- Otávio fala se curvando de forma falsa.- Fico feliz em vê-los em meu reino. Como foi a viajem?- Ele pergunta sorrindo exageradamente.

-A viajem foi ótima. O seu reino só é um tanto seco.- Catarina fala debochada, fazendo Afonso soltar um breve riso e Otávio revirar os olhos.

-Talvez você não tenha recebido educação, mas não revira-se os olhos á uma rainha.- O rei de Momtemor fala.

-Claro vossa majestade está certo. Mas o que fazem aqui? Com certeza não vieram me visitar não é mesmo?

-Nós viemos descutir alguns assuntos.- Catarina fala entrelaçando os braços no do marido.- E claro desfrutar de sua agradável companhia.- Ela fala soltando um leve riso.

-Éros acompanhá-ra vocês até vossos aposentos, irão dormir juntos?

-Claro, eu entendo seu questionamento Otávio, afinal não foi convidado para nosso casamento mas ela é minha esposa, marido e mulher dormem juntos.- Afonso fala provocando o rei da Lastrilha.

-Éros, levem-nos até vossos aposentos.- Otávio diz parecendo irritado com a situação que estava.- Nos encontramos no jantar majestades, e depois vamos á sala de reuniões.

-Sim, com licença Otávio.- Catarina fala adentrando o castelo e sendo acompanhada por Afonso.

-Se Afonso e Catarina pensam que vão conseguir me intimidar estão muito enganados.- O rei pensa alto tramando planos contra os regentes de Montemor.

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Afonso e Catarina rumaram ao quarto que dividiriam. Adentraram o aposento e se acomodaram em seus devidos lados da cama.

-Meu amor você acha que Otávio pode estar envolvido na morte de Amália?- Catarina pergunta enquanto retirava seus vestido do báu os colocando no ármario de medeira. Madeira aquela que vinha do reino de Sonsiera.

-De certo que sim, ele pode ser o assassino de Amália mas não entendo vossos motivos. Por que faria tal ato?- Ele pergunta também retirando suas vestes do báu.

-Oras, ele não tem motivos para cometer tal ato, mas sabemos que ele simplesmente os faz. Sem pensar nas consequências, e convenhamos, Lastrilha vai de mal a pior.

-Deveras, tal ato colocaria seu reino em perigo, afinal ele seria a principal suspeita.

-Sim, mas conversaremos sobre isso depois. Agora precisamos nos manter firmes para o jantar. E sinceramente, eu gostaria de deitar e dormir para nunca mais acordar.

-Se você quiser digo a Otávio que estava indisposta.

-Não precisa meu amor, eu irei ao jantar. Mas agora eu preciso tomar um pouco de chá.- Catarina fala dando um beijo no marido e saindo logo em seguida.

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-Majestade, eu realmente não sei o motivo da vinda dos reis de Montemor e Artena.- Seu concelheiro real fala ao rei que tomava uma taça de vinho na varanda da sala de reuniões.

-Você não sabe porque é um tolo, não sei por que te coloquei neste cargo, você devia ser o bobo da corte.- O rei fala irritado fazendo o homem abaixar a cabeça.

-Perdão majestade.

-Eles vieram porque acham que eu matei a plebeia. Que não me serviu de nada já que morreu antes de separar os pombinhos.- O rei Otávio fala no mesmo momento que Catarina passa pela porta e escuta a conversa.

-Ele e Amália tramavam para nos separar.- Catarina sussurra se encolhendo atrás da porta para ouvir melhor.

-De qualquer forma não foi eu quem matou  Amália, e se Afonso veio até meu reino para me incomodar eu serei o mais novo assassino.-O rei fala dando o último gole de sua bebida.