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O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

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-Lúngria.- Gregório fala para Afonso.- A rainha Catarina foi para Lúngria pelo que o cocheiro que á levou disse.- Ele fala ao seu rei que ascente indo para porta.

-Obrigada Gregório. Irei trazê-la de volta, não se preocupe.- Ele diz saindo da sala e deixando seu conselheiro alegre pelo rei ter finalmente percebido quem ama de verdade.

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-Não, não e não.- Catarina fala desistindo de se arrumar.- Eu desisto Lucíola nenhum desses vestidos caem bem no jantar da hoje.- Ela fala para sua dama de companhia. Hoje á noite ocorreria o jantar de aniversário de Beatriz. Ela completaria suas vinte e quatro primaveras. Ela estava tão feliz, Catarina pensou. Tão reluzente, que somente com sua presença o local já se alegrava por inteiro. Sua amiga estava alegre diferente dela. Os dias para rainha pareciam inácabaveis, o sol sempre amanhecia sobre nuvens por conta do clima frio da Lúngria. Seu coração também estava assim, triste, sombrio e nublado. Eu devia esquecê-lo mas minha mãe sempre dizia que escrever cartas a quem se ama é a melhor forma de aliviar a dor da saudade. "As cartas de amor começam sem saber o que se vai dizer, e terminam sem saber o que se disse." Sua mãe rainha Clarisse de Lurton sempre dizia está frase e estava completamente certa.
Catarina se sentou na penteadeira pegou uma folha e molhou a pena na tinta.

Colocou a ponta da pena no papel nas não sabia como começar. Imaginou ele sorrindo para ela e começou, verso por verso até que a carta estivesse pronta.

Eu amei, ai de mim, muito mais do que devia amar. E chorei, ao sentir que iria sofrer e me desesperar. Foi então que da minha infinita tristeza aconteceu você. Encontrei em você a razão de viver. E de amar em paz e não sofrer mais,
nunca mais.
Porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz.

Assinado

Rainha de Lurton

Finalizou a carta com sua assinatura. Não assinaria com seu nome, por que? Ela também não sabia. Mas ele saberia de quem se tratava. Catarina fechou a carta e foi até o pequeno pátio do castelo entregar ao mensageiro real.

-Entregue está carta ao rei de Montemor, Afonso de Monferrato.- Ela disse á ele que se curvou pegou a carta e saiu.

-Será que fiz a coisa certa?- Ela sussurrou a si mesma suspirando e saindo dali de volta ao castelo.

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-Peço que vossa majestade espere. Hoje ocorrerá o jantar de aniversário de Beatriz, princesa da Lúngria. E vossa majestade foi convidado.- Seu conselheiro disse ao rei que estava se arrumando para ir ao encontro de Catrina.

-Sim, eu pretendo ficar até amanhã na Lúngria. Depois eu e Catarina voltaremos para Montemor. Não ficarei longe por muito tempo. E Otávio deu sinal de vida?- O rei perguntou procurando sua coroa.

-Não majestade.- Gregório suspirou pesadamente.- Ele ainda está na Lastrilha juntamente com vosso irmão. Assim que ele mexer nas tropas o soldado que está infiltrado  nos avisará.- Ele disse ao rei que ascente e vai em direção a porta.

-Bom preciso me apressar, qualquer sinal me avise Gregório. Até logo.- O rei se despede do amigo saindo de seus aposentos indo para carruagem quando encontra Amália.

-Amália, o que você está fazendo aqui?- Ele pergunta á ruiva que o olha e sorri.

-Vim lhe ver.- Ela diz se aproximando.- Como está meu amor?- Ela pergunta colocando as duas mãos no peito de Afonso que rapidamente sai de perto da plebéia. Se quisesse reconquistar Catarina teria que ficar longe da ruiva.

Pelo Amor - Afonsarina  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora