Parte 6

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Por um momento, gostaria que não fosse nada verdade, que tudo não passasse de um sonho ruim, e que, quando acordasse, tudo estaria do mesmo jeito que sempre foi. Encaro a vista da janela da sala de estar, uma brisa fria faz meus cabelos voarem contra meu rosto, é uma noite bonita. Espero que todos terminem de falar com os pais, e até que o pânico tenha passado, Lílian conversa com seus pais com as bochechas molhadas de lágrimas, Vick, que mantem a calma em todas as más situações, parece completamente confusa. Poucos terminaram de falar com os pais, mais especificamente, Eu, Guilherme e Liam, aliás ele não falou com seus pais, nem recebeu uma ligação, é quando me lembro, Liam não é da nossa sala, portanto seus pais não viajaram. Corro até ele, ele está em um canto da sala, com os braços cruzados.

Eu: Liam! Ligue para seus pais, precisamos sair daqui, e rápido!

Liam: Meus pais...eles não... estão em casa (sua voz soa distante, como se ele estivesse tentando encontrar algo que não está presente)

Eu: Onde eles estão? Vamos até lá!  Posso pegar o carro dos meus pai e...

Liam: Eles não estão mais vivos (vejo que há lágrimas em seus olhos, mas ele não permite que elas caiam)

Eu: Como assim Liam? Eu os vi ontem à tarde na escola! Claro que estão vivos! Para com isso!

Liam: Eles foram para...uma das cidades...atacadas (uma lágrima acaba escorrendo, mais nenhuma cai, ele está sendo forte)

Eu: Mas como assim? Você sabia o que estava acontecendo, eu te contei! (Suspiro e levanto a cabeça, encaro o teto por um bom tempo)

Liam: Eu avisei! Eu falei pra eles! Mas eles não ouviram! Não foi culpa minha (ele abre a porta da sala, e sai, sem explicações, sem avisos)

Eu: Liam você não pode ir! Você sabe o que a lá fo.... (Bam! Sou interrompida pelo som da porta se fechando)

Pela janela, observo Liam sair, com as duas mãos no bolso da calça jeans, continuo observando até ele virar apenas um pontinho preto ao virar a rua. Agora, muitos terminaram suas ligações, Lílian desliga seu celular e corre até o banheiro, até correria atrás dela mais sei que ela vai trancar a porta.

Guilherme: O que faremos agora? (Sua voz soa um pouco enfraquecida, porém, ele continua firme)

Gih: Minha mãe, ela mandou eu pegar o primeiro avião para a Europa.

Guilherme: Acho que é isso que temos que fazer.

Ando de um lado para o outro, mordendo o lábio inferior. Não podemos ir de avião, não daria tempo.

Eu: Não é uma boa ideia, Os aviões serão desativados mais cedo ou mais tarde. E o aeroporto mais próximo fica a 2 dias de viagem, não daria tempo.

Gustavo: 2 dias é bastante coisa.

Eu: Em dois dias, essa praga já terá nos matado. (Me aproximo dele) em dois dias, você não conseguiria nem sair de casa sem entrar em pânico.

Gustavo: Você diz como se você fosse a mais forte entre nós dois. (Ele diz com desdém)

Eu: Posso ser mais fraca, mas tenho uma mente melhor que a sua (Dou de ombros e ando até a poltrona ao lado de Bela, ela ri da cara de Gustavo)

Bela: Viu maninho? Acho melhor calar a boquinha.

Gustavo: Não enche Belatriz!

Gih: Olha, adoraria ficar observando mais uma briga de vocês Belatriz e Gustavo, mas acho que temos coisas mais importantes para resolver.

Eu: Como disse, aviões não serão uma boa ideia.

Guilherme: Tá mas então o que seria?

Belatriz: Sugiro que viajemos de Carro até o porto, onde podemos pegar um barco ou um Iate e viajar até a Europa.

Clara: Podemos pegar um caminho oposto do que o das cidades atingidas, para não termos que nos encontrar com aquelas "coisas".

Vick: Podemos ir no Trailer de meu pai, cabe todos, é bem grande.

Clara: Então tudo combinado?

Eu: Tudo combinado, arrumem suas coisas, partimos hoje mesmo.

Continua....

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