- Não, eu sou missionária.
- O que é isso? - Victor Augusto questiona.
- Parece que te levar a igreja todos os domingos foi em vão. - Seu Roberto o repreende. - É uma função da igreja, não é? - Concordo com a cabeça.
- Você é obrigada a fazer isso? - Dona Lara questiona, sem me olhar, não parecia realmente interessada.
- Não, eu... Me voluntariei. - Sentei a mesa entre Diego e Maressa.
- Muito bonito da sua parte. - Karina comentou, colocando suco para Laís.
- É por isso eu você tem essa cicatriz no braço, tia? - Laís questionou, inocentemente.
- Filha! - Karina rosnou.
- Não se preocupe, Karina. As crianças geralmente perguntam. - Sorrio para ela. - Essa aqui foi em casa, aconteceu um incêndio e eu terminei com isso. - Explico.
- Ei, eu acho que vi um noticiário assim na TV. - Victor Augusto comenta, tentando puxar na memória.
- Vamos parar de besteira e comer? - Diego muda o assunto.
- Boa ideia! - Maressa exclama e vejo um singelo sorriso nos lábios de Dona Lara.
Fomos servidas por Victor Augusto e Diego ao mesmo tempo, senhor Roberto começou a contar histórias de quando Diego era mais novo e pude rir com todas elas, principalmente em saber que ele tinha jogado cocô de vaca na cabeça de Karina. Foi a coisa mais engraçada que ouvi nos últimos tempos. Imagina ele fazendo isso. O cara marrento que conheci.
Maressa se acabava de rir juntamente conosco e Karina também nos disse que seu troco foi colocar ovos em baixo de seu travesseiro e então quando ele deitou para dormir quebrou tudo e ainda apanhou do vô Roberto.
Ainda teve o dia que Alex, Victor e ele, já no ensino médio, foram suspensos por colocar prego na cadeira dos professores.
- Chega de contar sobre isso gente. - Sorriu entredentes. - Eu vou começar a colocar os vídeos da infância de vocês aqui - Ameaçou eles.
- Coloca, que ela vai ver como você fica bem de laço rosa - Karina rebate e eu gargalho mais uma vez.
- Vocês lembram do dia que Helena e Diego começaram a namorar, uh ele estava nervoso para me contar, suava que nem porco. - Eu ri um pouco mais contraída, porém dona Lara riu sem parar com a lembrança.
- Bem, isso não é tão engraçado quanto Victor Augusto correndo pelado pela casa com medo das galinhas - Senhor Roberto nos disse e rimos sem parar.
- Engraçados. - Victor fechou a cara, mas logo sorriu novamente.
- Essa conversa toda e ninguém vai me ajudar a arrumar a mesa. - Lara levantou-se, mostrando irritação. - Karina me ajuda. - Pediu.
- Eu ajudo também. - Me ofereci e ela me olhou de cima a baixo.
- Você não. Olha essas mãos, são delicadas demais. - Rebateu rindo.
Apenas balancei a cabeça e aceitei.
- O papai já gostou de outra pessoa, mama? - Maressa perguntou para mim, com seus olhos quase decepcionados.
- Bom, seu papai não me conhecia na época. - Respondo.
- Mas eu pensei que ele só amasse você. - Ela choramingou.
- E eu amo sua mãe e você, só vocês. - Ele beijou a cabeça de Maressa e a mesma sorriu triste. - Não fique triste comigo, eu não sabia que ia conhecer sua mãe.
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O preço de amar a Cristo
SpiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...
Capítulo 63 - Por que? Porque eu preciso dele ❤
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