Alana narrando.
- O que você quer dizer com filha? - Karina contraiu seu rosto, num susto total. Não conseguia nem esconder.
- A vovó vai surtar - Sem ser discreta, Celine solta e ri em seguida.
- Purque a vovó vai surtar? - Maressa resolve falar.
- Diego, acho que nos expressamos mal. - Diego sorri sem graça.
- Vamos entrar, por favor. - Karina diz, tentando se recompor. - Desculpe Alana, eu não quis ser indelicada, é que o Diego não sabe dar noticias de forma que não nos assuste. - Eu ri de suas desculpas.
- Tio, a vó vai te matar - Laís bate nas costas dele e sai correndo em direção a casa.
- Minhas filhas... - Karina fulminou as duas com os olhos.
Na verdade, eu estava achando todos eles divertidos. A cada passo que dávamos mais perto da casa-fazenda, eu sentia o cheiro doce do café e bolo sendo preparado, além disso, um aroma de pão saindo do forno fresquinho.
Diego colocou Maressa no chão, que por sua vez começou a falar pelos cotovelos com Celina e Laís. Elas duas se divertiam com coisas que minha filha dizia, principalmente sobre galinhas. Eu não entendia essa paixão repentina pelos animais.
Senti minha mão ser enlaçada pelas de Diego e sorri de canto para ele, enquanto seus olhos azuis me penetravam arduamente, me passando segurança. Eu confesso que minhas pernas queriam tremer a cada passo mais próximo da casa. Ao chegarmos na escada que dava na pequena varanda, que tinha uma cadeira de balanço de um lado e rede do outro, me concentrei no som da madeira toda vez que alguém pisava ao chão.
- Victor Augusto! - Karina gritou. - Ajuda com as coisas, ô! - continuou. - Nessa casa ninguém se prepara para receber visitas - Riu, sem graça.
- Oi! Para de berrar... - Ele apareceu na porta, sem camisa e com uma calça surrada, me deixando completamente sem graça.
- O que diabos é isso Augusto? - Diego entrou na minha frente ao passo que Celine cobriu os olhos de Maressa. Eu tive que gargalhar. - Por que está pelado? - Rosnou Diego.
- Maninho! - Diego foi puxado para um abraço e ignorado totalmente sobre sua intervenção anterior. - Que saudade de você, mano! - Ele abraçou ainda mais Diego.
Eu comecei a gargalhar e Maressa fez o mesmo.
- Olha... Quem é essa pequena? - Victor Augusto olhou diretamente para Mar e se agachou para receber um abraço dela.
- É a filha do tio... - Celine cruzou os braços e deu um sorriso sugestivo.
- Filha? A vó vai pirar... - Ele riu de Diego.
- Parem com isso - Rosnou Karina. - Vamos entrando... - Ela deu espaço para nós três passarmos enquanto Victor ajudava com as malas.
- Mar, meu amor, vai trocar de roupa com suas primas. - Diego diz a ela.
Laís e Celine dão as mãos para ela e correm para fazer o que Diego pedia. Karina as seguiu com a mochila de Maressa em mãos.
- Deixa que eu faço isso. - Intervi, não queria ser um incomodo.
- De jeito nenhum. Se você entrar e não falar com a vó ela vai te odiar para sempre. - Victor Augusto me advertiu.
- O que você está falando mal de mim moleque? - Aquela senhora de bengala apareceu, com cabelos curtos e esbranquiçados. - Menino mal-educado! - Rosnou ela.
- Oi vó! - Diego chamou atenção para si.
- Ah, meu querido... - A mesma sorriu, parecendo esquecer a raiva momentânea pelo neto e abraçou Diego. - Como está? Você emagreceu desde a última vez que me visitou. - Analisou-o por completo.
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O preço de amar a Cristo
SpiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...