Cap.15

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Ouçam esse hino na mídia.

Pikeno narrando.

Tinhamos armamento suficientes para acabar com a invasão, pararam de roubar um pouco os carregamentos de drogas e armas depois que comecei a namorar a Sara.

O que é muito estranho, durante toda a invasão eu nao vi a Sara. Fui pra casa dela e ela não tava, so o ben.

- ben onde Ta a Sara?

- sei não, deve ta com a Rayanne. Tu ficou sabendo que ela foi baleada?

- a Rayanne?! Onde?

- no beco da rua 8.

Sai da casa da Sara apressado até por que Rayanne era fechamento, e fui pra rua 8. Quando chego la vejo o celular da Rayanne jogado no chão apitando com o nome mae♡. Mas os pais dela não tinham morrido?

Atendo a ligação e ouco a voz da mulher.

- filha, ta tudo bem? A rocinha inteira ta preocupada contigo. Isadora? Responde!

Não respondo nada, fico imóvel. Ela era a x-9 no morro. Será que a Sara também ta envolvida nisso? Vou pra boca 8 que ficava ali perto e mando titi desbloquear o celular. Ela era um nerd que mechia com esses negócio de computador.

Em questão de minutos o celular e desbloqueado e automaticamente vem uma vontade de chorar.

Sara, a pessoa que eu disse que amava, na verdade SÓ estava me usando pra poder ajudar a tia que é dona da rocinha.

Vou em direção a boca que eu sou gerente e tenho minhas coisas la pisando fundo e derrubando qualquer um que entrava no meu caminho. Olho meu celular e vejo que tem várias ligações perdidas do KK, ligo pra ele e mando ele vir pra ca.

Depois mando os vapores procurarem Larissa e me trazerem ela, mas não obtive resultado.

Bati a porta tão forte que achei que ela ia cair. Fui no freezer que eu tinha e peguei um litrao de skol, peguei as agulhas com heroína e alguns analgesicos que tinha na minha gaveta.

Sim, eu era viciado em analgesicos e calmantes. Pelo menos era.

Primeiro abri a garrafa e fui dando goladas, depois peguei as agulhas com heroína e apliquei no braço, depois fui fazer as carreiras de coca.

De primeiro eu sinto uma sensação de alívio e prazer, mas depois me bate uma tristeza e pra acabar com ela eu aplico mais um pouco daquela substância que me deixa confortado.

Incrível como eu nao posso nem amar alguém que ja me fodo. Será que a tão difícil assim tentar ser feliz?

Sara ou Larissa, sei la. Me fez entender que devemos dar valor, ela me ajudou a vencer o vício com calmantes. Achei que ela fosse o tipo de mulher pra vida toda.

E esse o grande problema de gostar muito de alguém... A gente inventa qualidades que a pessoa não tem.

Existem dois tipos De dor: a que te machuca e a que te faz mudar, estou sentindo as duas de uma vez so. O nome dessa dor e decepção, fico tranquilo de saber que ela não mata, mas faz muito sentimento bom morrer.

X-9 NO MORROOnde as histórias ganham vida. Descobre agora