hanahaki flower | shortfic yoon.seok

ಌ5; A Pétalaಌ

Levantei meus olhos até os de Hoseok e senti minhas palmas das mãos suarem como nunca, negando todo e qualquer dinheiro que ele me oferecesse.

- Eu... Eu não acho que seja a melhor coisa a ser feita - Respirei fundo e disse por fim.

- Talvez tenha razão - Ele meteu as mãos nos bolsos e tossiu uma pequena folha de cerejeira, dando a volta pelo quarto - Roya pode muito bem escolher entre um de nós, então eu acho que qualquer um de nós pode fazer a cirurgia desde que não seja o escolhido por ela.

Ou seja, um é correspondido e o outro se cura pela cirurgia, e tudo depende da escolha de Roya.

Engoli em seco, pensando sobre. E mesmo que estivesse receoso, seria a melhor coisa a ser feita. O nosso dinheiro funcionaria para apenas uma cirurgia e ambos gostávamos de Roya, o que fez então, a sugestão de Hoseok ser a única saída em frente aquele grande problema.

- Eu aceito - Confirmei com a cabeça - Não teremos ressentimentos, certo?

- Nenhum - Jung negou enquanto esboçava um sorriso - Isso é uma questão de vida ou morte, Yoongi. Não poderemos ter ressentimentos aqui.

Eu sorri de volta, não sabendo direito o porque, mas grande parte de mim diz que se tratava de alívio. Por finalmente encontrar uma saída lógica, ou saber que tudo ficaria bem no final.

- Obrigado, Hoseok - Eu o abracei com força, mostrando no gesto o quanto eu era grato por tudo que ele estava fazendo por mim, não só dessa vez como desde o dia que nos conhecemos. Ele soltou um longo suspiro e retribuiu com um grande aperto - Eu não sei o que seria sem você.

- Hey - Ele chamou minha atenção, traçando nos lábios agora, o sorriso que eu tinha sentido saudades - Tão miserável quanto você, não foi isso que me disse?

Eu ri comigo mesmo enquanto me afastava, assentindo.

- É, foi isso que eu disse.

«♡»

Na manhã seguinte, apenas eu e Roya fomos até a cafeteria para trabalhar. Hoseok tossia demais e não estava disposto.

- Você foi visitá-lo ontem à noite? - Ela perguntou enquanto limpava as mesas do local.

Levantei meus olhos para tentar desvenda-la, com medo que carregasse remorso no olhar, mas ao contrário do que pensava, sua pergunta era realmente verdadeira.

- Fui - Assenti, logo em seguida, tentando quebrar a seriedade da conversa - Você notou? Eu fui bem rápido...

- É - Roya tentou esboçar um sorriso amigável nos lábios mas isso apenas deixava suas bolsas dos olhos ainda mais evidentes de que ela havia chorado na noite anterior - Como ele está?

Respirei fundo e contornei o balcão, na tentativa de buscar as palavras certas para não deixar Roya preocupada mas também não mentir para ela.

- Ele consegue se virar, por enquanto. O seu estágio está bem mais avançado que o meu porém é o clássico Hoseok de sempre e até o fim.

Ela respondeu com uma risada distante, e eu imaginei o que teria se passado em sua cabeça naquele momento, em meio aos fios castanhos e ondulados que eu tento almejava massagear.

- E você? Como está?

- Não pergunte isso - Rapidamente, meu olhar caiu, eu não queria responder aquela pergunta.

- Por que? Você mesmo disse que está melhor que Hoseok, por que não pode me dizer, então?

Antes de abrir minha boca, a voz do Jung soou em minha mente e me lembrei do acordo, se eu estivesse tão bem assim, ela provavelmente ficaria ao meu lado, e pensando por este modo, se fosse para ficar com Roya deste jeito, eu não gostaria.

- Porque não - Neguei com a cabeça e fixei meu olhar nos seus - Porque eu não quero que saiba o quão mal eu estou e não irei de deixar preocupada se for assim!

Ela me olhou como se eu fosse de outro planeta e aquela simples ato me derreteu por inteiro, fazendo-me sentir como um boneco de porcelana quebrado em mil partes. Como eu poderia ter sido tão rude com ela.

- Yoongi, isso não é sua culpa - Ela gesticulava agora mais próxima de mim - E somos amigos, você poderia ter falado comigo.

Neguei com a cabeça e reuni toda a coragem que poderia ter dentro de mim. Levantei meus olhos até os dela e finalmente lhe disse.

- Eu não poderia, Roya... Porque as flores que crescem em mim são de cerejeira.

Seu olhar tomou outro tom quando os lábios se abriram em surpresa, eu vi pena reluzir em suas irias e ela me quebrou mais ainda ao me envolver num abraço (amigável).

Eu percebi que eu chorava apenas nesse momento, destruído igualmente como aquela vez em que ela tinha me encontrado.

Se distanciou o suficiente para me olhar nos olhos.

- Eu sei que, talvez esse não seja o melhor momento para que eu lhe diga isso mas talvez seja i mais apropriado que eu tenha até lá - Roya engoliu em seco - Meu visto irá vencer, meu pacote de intercâmbio acabou e bem, eu tenho de voltar para a Itália.

Me enganei, eu tinha sim me quebrado porém Roya era meu esparadrapo.

- O quê? Quando? - Segurei seus ombros.

- Na semana que vem - Abaixou seu olhar e segurou as lágrimas salgadas.

Se ela chorasse, eu alagaria;

E naquele ponto da história ela sabia muito bem disso.