The New Avenger || Spider-Man #Wattys2020 #WriteTogheter

Capítulo 28

Capítulo dedicado à minha querida BonbonOberlin, mais conhecida como Bi no grupo The New Avenger News do WhatsApp, que acertou uma das teorias propostas por mim entre os membros do grupo. Surpresa, Bi!

P.O.V. ANABELLA

Abro meus olhos e me encontro em um lugar com aparência vintage, as paredes possuíam uma cor verde oliva sem vida; os móveis eram antigos, curvos e de madeira escura, os estofados como os de filmes que se passam na Idade Média. Existiam alguns objetos de decoração estranhos os quais eu nunca havia visto sequer parecidos. Levanto-me de uma cama desconhecida em um quarto desconhecido. Ao pisar no áspero tapete indiano que estava na beirada da cama ele abre uma fenda fazendo com que eu atravesse o chão caindo sentada em uma poltrona de couro marrom, dentro de uma sala repleta de relógios de todos os estilos, cores, tamanhos e formatos. Ambos não tinham controle das horas e giravam seus ponteiros mais rápido que o normal.

"Anabella, seu tempo está acabando." Dizia a voz daquele homem misterioso e de algum modo eu já sabia que estava tendo um sonho, ou melhor, um pesadelo.

"Por que você fica me perturbando entre sonhos?" Meu grito ecoa entre as quatro paredes enquanto olhava ansiada para todos os lados na tentativa de encontrar o dono daquela voz.

"Isto não é um sonho." A voz era segura do que dizia. "Se duvidas, toque algum objeto, ou conte os dedos de suas mãos. Nos sonhos ganhamos mais dedos." Completava aquele homem.

Ainda insegura levei minhas duas mãos na altura de meus olhos e contei meus dedos. Exatamente dez. Dez dedos. Como se não bastasse fui até uma mesinha redonda onde existia um bule de chá e chávenas de porcelana chinesa com detalhes dourados, peguei o bule e coloquei o chá em uma das chávenas, segurei-a e pude sentir não só o aroma de erva-doce como o calor da bebida aquecendo a porcelana e sendo transferido para a palma de minhas mãos. Assusto-me quando escuto som da chávena chocando-se contra o chão, espalhando estilhaços cortantes e chá pelo assoalho. Eu havia queimado minha mão e deixado a peça de louça cair.

"Percebe como isto é real? Você sentiu a dor quando o chá queimou sua pele." Não podia ser verdade. Aquilo era um pesadelo. Apenas um pesadelo.

"O que você quer comigo?!" Pergunto sabendo que aquilo não era real, mas no fundo de meu ser eu temia resposta.

"Eu preciso que você venha até mim. Mandarei meu endereço." Dizia a voz que parecia me deixar inclinada para despencar no precipício da sandice.

"Eu não sei quem você é. Eu não sei o que você é. Isso nem é real. É um sonho. Por que eu deveria ir até você?" Eu sentia medo e desespero.

"Porque você precisa de mim." Ao final dessa frase todos os relógios começam fazer barulhos muito altos e incessantes em minha mente não permitindo-me escutar meus próprios pensamentos.

"Eu não preciso de você." Caio ajoelhada no chão com a mão apertando minha cabeça desejando que aquela tormenta parasse, estava me definhando.

"Anabella, acalme-se! Não se distraia nossa conexão vai se romper. Você tem que ficar calma." O homem pedia mas não existia a possibilidade de eu me acalmar. Todo o ar que conseguia puxar por meio da respiração não era suficiente para me dar fôlego. Minha cabeça doía e eu não sabia o que fazer.

"Você vai me matar!" Peço chorando e gritando. "Eu não consigo respirar. Por favor. Eu... não... consigo... respirar." Eu estava tendo um ataque de pânico e todo o ar em meu peito estava sumindo aos poucos.