Meu corpo fica automaticamente, tenso e me pergunto se ouvi errado pelo barulho ensurdecedor. Até perceber que com certeza, não há maneira de estar errado.

Minhas mãos apertam, sua camiseta em um punho. Tento controlar o movimento dos meus dedos, insistentes na pele quente. Os braços comprimido ainda, mais sua cintura. Abro os olhos, para ver sua expressão. Com isso, consigo ver a velocidade que as árvores e casas, passam por nós. Volto a fechá- los.

_ Não estava pedindo para parar. _ Sinto o sorriso, em sua voz. _ Mal posso esperar, para ter você tocando partes mais bíblicas.

Bato em sua costela. Sua gargalhada balança, seu corpo. Cerro os dentes, pensando em subir os braços, para enforcá-lo.

_ Ok já que não, vai rolar umas carícias no caminho, apenas aprecie a vista.

Abro os olhos, novamente dessa vez tentando apreciar o caminho. Chocada percebo que nem aumenos, perguntei onde ele morava. Também que não, me respondeu como sabia onde EU morava.

Resignada com o momento inoportuno, para perguntas. Apenas aprecio, o contato do seu corpo e da forma segura que pilota. Na verdade ele parece fazer tudo, desse jeito muito seguro e calmo, relaxado e sensual. Como se não, tivesse pressa para nada. Se isso não, fosse tão sensual, seria irritante. Ou talvez seja, um pouco dos dois. Ninguém é tão seguro, todo o tempo.

Ele interrompe minha linha de pensamento, entrando em uma rua arborizada. A moto vai acalmando, seu ronco se transformando em um ronronar suave.

Parando em frente a um conjunto de grades, grandes ligadas a um muro muito alto. Estendendo a mão para mais uma vez me apoiar, me lança um de seus sorrisos tortos. Desço com sua ajuda, minhas pernas parecendo mais inválidas do que, quando montei. Vacilou um instante, tentando desatar o capacete.

Abner, desmonta com leveza. Retira seu capacete, em seguida o meu.

_ Tonta?

Faço que sim, tentando me manter de pé sem vacilar.

_ Me diz, que você também está, com os joelhos parecendo gelatinas.

Ele ri, do meu olhar suplicante.

_ Na verdade não, a moto perdeu esse poder sobre mim a muito tempo.

Sorrindo ajeito o cabelo.

_ Pelo menos, quer dizer que alguma vez teve esse efeito.

Ele segura minha mão, testando minha instabilidade antes de dar de ombros, me levantando. Minha mão voa do cabelo, para seu ombro me firmando instintiva.

_ Eu posso andar. E você faria, um bem para a humanidade ao avisar antes de vir todo músculos assim.

Pressiono seu, bíceps como exemplo. Minha mão se prende ao local, sem querer se afastar. Sua pele parece, muito quente, sob minha palma. A cor dourada, contrastando com minha "branqueleza", franzindo o nariz desgostosa.

Ele para, seus lábios pousando entre minhas minha sobrancelha. Por algum motivo, esse movimento tão simples me causa arrepios.

_ Você parece, adorável assim, sábia?

Seu sorriso se amplia.

_ Não diga, nada parecido quando estiver perto da minha mãe. _ Mudo de assunto. _ Me coloque no chão, minhas pernas voltaram ao lugar.

Sem me soltar, recomeça a caminhar seus olhos voltados, para porta de vidro que complementa o estilo, inovador da casa.

Com dois andares, o segundo tem uma parede inteira de vidro, dando um ar Cool à casa. As paredes de fora, pintadas de Branco Marfim e alguns, contornos pêssego nos cantos. O telhado arqueado de forma, imponente deixando clara a intenção de grandiosidade. As janelas são, parte predominante do lugar, uma varanda aparecendo na parte traseira. Tudo isso cercado por um Jardim, parecendo bem cuidado.

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⏰ Last updated: Oct 16, 2018 ⏰

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