Andressa narrando.
Eu estava mega feliz em saber que meu amor saiu do hospital.
ele saiu na tarde de ontem, eu ia ir na mesma hora que fiquei sabendo mesmo, mas ele deve estar super cansado e de cabeça quente, entao dei um tempo pra ele "respirar".
ele deve estar com a Ágata, lógico..
Mas quando a gente se vê, nós vamos se acertar e ele vai por ela pra ralar mais uma vez..
quem tem que tá com ele sou eu.
quem é mae da filha dele sou eu.
quem tá lado a lado com ele sou eu.
entao...sem delongas, ele é meu e sempre será!
fui tomar um banho com minha filha, juntinhas.... Sai com ela do chuveiro.
me troquei e ajudei ela a se trocar também!
me arrumei bem bonita,até porque sair feia pra vê o marido, num rola...
enquanto eu me maqueava a Manu colocava a sandalia dela.
quando terminamos de se arrumar, tirei uma foto postando no Facebook.
peguei o carro da minha mae e parti pro love. Parei em frente nossa casa e tava tudo fechado, ele deve tá na Ágata.
af!
mesmo assim eu vou. Fiz o retorno, e sai de rua a dentro!
minha filha precisa pelo menos pra filha vê o pai!
Manu tá a semana inteirinha no meu ouvido, falando do pai... antes ela tava mais tranquila, mas essa semana ela atacou, tá pura k.ô!
eu hein.
nesse mês que passou, meu coraçao apertou, mas sempre tento esquecer o que fiz com o Caio, eu errei? errei!
mas o que seria da minha filha sem mae e sem pai?
parei em frente a casa da Ágata, e tirei a Manu da cadeirinha, colocando ela no chao.
atravessamos a rua, e eu apertei o interfone!
em minutos, ví o Caio vindo em direçao ao portao, mancando um pouco, porém, sem camisa com aquele físico maravilhoso, magro falso mais bem definido, de bermuda.
e cara fechada!
ele abriu o portao e deu espaço pra eu e pra Manu entrar, estranhei!
ele nao querer brigar nem nada, e ainda mandando eu entrar dentro da casa da Ágata, fiquei caladinha, bora aproveitar né.
a Manu já tava de maos dadas com ele, ela falando, falando e falando, e ele quieto, só prestando atençao.
Entramos pela sala, e estava vazia.
sorri fraco, Ágata nao tava aqui.
ufa!
sentei no sofá, e ele ficou em pé encostado na parede, me encarando.
Andressa: como você tá?! -Falei pra quebrar o gelo do silêncio.
Caio: ta vendo eu aqui nao? tô vivo crl... -Falou irônico me encarando, e muito ignorante por sinal.
Andressa: calma...Eu hein! a gente precisa conversar, e tals. -falei mansa.
Caio: precisa memo! -falou grosso.
Andressa: deixa de ser grosso Caio, eu sei que eu errei. Mas cara, eu agi no calor do momento, só pensei na minha filha. imagina, acontecesse algo com nós dois, ela crescer sem mae e sem pai?! -Ele ficou parado, quieto, só pensando em tudo que eu disse, dei um suspiro aliviada, ele veio se aproximando de mim, devagar.
sorri olhando pra ele.
ele como um cao feroz, me levantou pelo pescoço, me deixando quase sem fôlego e sem ar pra respirar.
ele jogou minhas costas na parede e me olhou com um olhar obscuro.
fiquei tremendo de medo, meu Deus, me ajuda.
Caio: tú acha que eu sou moleque sua vagabunda? -perguntou dando uns tapinhas na minha cara seco, mas ardia, e muito.
Andressa: para Caio, para. -A Manu começou a chorar,e eu fiquei mais desesperada ainda.
Caio: ÁGATA.. -Gritou, eu fiz cara de desentendida, nao acredito que ela tava aqui. Ela desceu as escadas, e a primeira coisa que reparei nela, foi sua barriga.
nao... nao pode ser!
eu nao acredito que ela tá grávida, do meu Caio.
nao acredito!
comecei a me tremer mais ainda.
Caio: Leva a manu lá pra cima, Ágata. -Ordenou, e a Ágata subiu devagar com a Manu nos braços.
na hora que elas sumiram das nossas vistas, o caio me deu um soco certeiro na cara, que me vez virar com tudo e cair no chao.
Caio: sabe porque tú tá apanhando? -perguntou. -Pra tú deixar de ser safada, pilantra.. -me puxou pelo braço forte, fazendo eu encarar ele fundo e grudando minhas costas na parede- deixei minha mulher pra ficar contigo mesmo ela me dizendo que tú ia me abandonar na pior, foi dito e feito. -cuspiu as palavras na minha cara, raivoso. -sabe o que tú queria? fama, dinheiro, e piroca. Só isso sua vagabunda. -puxou meu cabelo dando outro soco no meu nariz, senti escorrer sangue.
Andressa: para de me bater Caio, eu nao mereço isso. Eu te amo, cara, para.. -falei fraca enquanto ele me segurava pelo pescoço.
Caio: me ama? tú ama porra nenhuma. Eu só nao te mato porque quero que minha filha cresça e veja o lixo de mae que ela tinha. A pior que eu arrumei. -aquilo doeu muito.
Andressa: Nao fala isso pelo amor de Deus. -Falei tentando tampar os ouvidos e ele puxou minha mao, entortando meu braço, gritei de dor e ele soltou. -Me dá minha filha, só isso..Eu vou embora, e nao volto mais! o único dinheiro que vou precisar é pra sustentar ela. -Ele se distanciou e apontou pra porta.
Caio: some daqui! -falou curto e grosso, perdendo a cabeça mais do que já tinha perdido.
Andressa: pega a Manu, lá pra mim. -Pedi chorando.
Caio: ela nao vai contigo. -falou devagar e em bom som pra eu escutar.
Andressa: QUE? PARA CAIO, ISSO JÁ É DEMAIS, MINHA FILHA NAO.. EU QUE CRIEI ELA DESDE PEQUENA ENQUANTO VOCE TAVA PRESO, EU SUMO DA SUA VIDA, FAÇO O QUE VOCÊ QUISER, SÓ ME DA MINHA FILHA. -Gritei chorando já sem voz, ele se aproximou de mim, bem devagar, olhar escuro, aquilo me deixava muito assustada, ele pegou uma arma que estava na bancada, só agora que eu fui notar ela alí.
Caio: Eu tô te mandando embora pelo bem... Se tú quiser que eu haja pelo mal. Só me basta dizer. -Falou passando a arma devagar sobre meu rosto, e eu suando frio, chorando, sem fôlego algum.
Andressa: me...me deixa vê ela, pela ultima vez.. -falei gaguejando com dificuldade.
Caio: Nao. tú vai morar com tua mae, e quando eu quiser levo ela lá pra tu vê. Se tú tentar fugir com a minha filha, eu te mato de vez. vai ser vigiada 24 hrs, enquanto tiver com ela. TUCHA sua vagabunda! -Gritou e eu me assustei, me assustei mais ainda com as ordens dele, eu tentei raciocinar e ele me deu outro soco.
sai correndo de portao a fora.
nao consegui nem ligar o carro!
