—Estou na seca. disse ele, sua expressão de dor era hilária. —Preciso fazer uma propaganda, afinal de quatro é melhor. Light você já fu...

—Chega. —Vicenzo tapou a boca de seu gémeo. —Não quer irritar ainda mais o mano mais velho.

—Sério, eu ainda vou internar você. —eu disse frio, mas no fundo eu queria rir. —Me esperem no carro, e por favor... vejam as fotos do assassinato de Jean Valjean.

Notícias ruins espalham-se com rapidez e o assassinato de dos homens mais importantes no mundo do tráfico internacional de drogas é chocante até para mim. Jean trabalhou para meu pai durante o tempo que eu voltei para Roma, ele era responsável pelo tráfico de pedras e armas, mas agora estava em pedaços.

—Já não era sem tempo daquele figlio de puttanna estar morto. —Vicenzo cerrou os dentes e fitou-me chateado. —Não me conformo por outra pessoa tê-lo fatiado antes.

—Culpa sua fratello. —o olhar destinado a mim era de pura raiva.

—Sim sim, culpa minha. —A ironia na minha voz, irritou ainda mais Vicenzo.

—Porquê eu acho que você está escondendo algo? —meu irmão era desconfiado e com razão.

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—Eu não sei porquê você se preocupa com isso ainda idiota. —Enzo, manifestou-se puxando Vicenzo pela gola da camisa. —Se fossemos brincar de esconde-esconde, Light nunca seria encontrado.

—Vá tomar no...

—Não termine. —mamma cortou a minha frase, um largo sorriso emoldurava seus lábios.

—No timming perfeito mamma. —Enzo gritou do hall de entrada, ainda puxando seu gémeo pela gola.

Buongiorno mamma. —cumprimentei-a, beijando sua face.

Seus cabelos cor de fogo antes longos estavam agora na altura de suas bochecas, seu olhar azul intenso reflectia amor e preocupação. Minha mamma era a pessoa que eu mais conseguia ler, suas expressões e comportamento eram tão decifraveis para mim que chegava a ser incomodativo.

—Vai ver sua irmã? —indagou, com um sorriso murcho. Sim ela estava preocupada e isso também é visível.

. E papà? —Sua expressão triste, era difícil de encarar por longos segundos, por algum motivo eu sintia-me frágil.

—Ele chegou da quimioterapia a pouco, deixei-o descansando. —suspirou. —E Kalahari?

Kalahari. Segundo o meu pequeno brinquedo de rastreio, estava com sua família no hotel em que estavam hospedados, e pensar na sua famíla fez-me pensar no seu maldito irmão.

—Foi visitar sua família. —disse, desviando o meu olhar do dela.

Mamma sorriu de maneira compreensiva e acena positivamente.

—Amo-te. —disse, caminhando até a cozinha.

Eu também amo-te mamma. Era mais fácil dizer somente para mim, que em voz alta. Talvez o tempo não cure feridas, ele passa enquanto elas cicatrizam, mas as minhas feridas mesmo cicatrizadas doíam. Dor. Algo tão complexo e difícil de explicar, ao mesmo tempo que era torturante, não física, mas sim psicologicamente.

Os degraus parecem não ter fim, de três em três eu podia sentir meu coração bater freneticamente, não era medo e sim nervosismo. Eram raras ás vezes que sintia-me nervoso. Mas como dizem por ai, para tudo há uma primeira vez. A porta numa mistura de branco e dourado estava semi aberta, coloquei um pé para dentro do quarto encostando meu ombro no batente da porta, o ar do quarto parecia mais sereno e calmo. Parecia que a paz reinava ali dentro. Giordanna cantarolava uma música qualquer, enquanto penteiava seu cabelo de frente a penteiadeira branca.

O Filho do Barão [COMPLETO]Where stories live. Discover now