Uma Escolha Perfeita - Degustação

Capítulo 6

                              Em revisão

Viver... A arte de saber viver...
Se entregar sem reservas, sem saber o que te espera, sem se importar de fato para onde a vida irá te levar. Afinal, não importa qual decisão tu irás tomar, no fim a vida sempre vence. Por tanto não se iniba, não se proíba de viver intensamente, apenas se deixe levar e aproveite tudo que ela possa lhe proporcionar.

Augusto

Imagina o susto que tomei, ao chegar no apartamento de Alice e encontrar Cristine? Sem falar no fato das duas se conhecerem há anos e até mesmo, terem estudado juntas. Lembro que Alice vivia grudada em uma garota, mas na época, eu morava fora e não pude conhecer a tão perfeita amiga, que ela tanto falava.

Me lembro também que assim que voltou pro Rio e começou a procurar apartamento, Alice comentou comigo que iria dar uma olhada em um prédio, que uma amiga morava. Contudo, nem em sonhos, poderia supor que essa pessoa seria Cristine, a mesma que ocupa meus pensamentos desde que, se jogou na frente do meu carro.

Não nego que fiquei feliz com isso. Porém, caiu tudo por terra ao saber que o merda do namorado, também mora aqui. Nem tudo na vida é perfeito. Ontem a noite tive sonhos estranhos, coisas sem sentido, mas todos eram com a diaba loira. Disso eu bem me lembro.

Não sei ao certo, o que vou fazer a respeito dessa atração exagerada que sinto pela mulher. Mas posso garantir que irei fazer alguma coisa. Quero Cristine com uma intensidade que nunca senti por ninguém e essa obsessão descabida, só vai parar depois de tê-la e isso já é certo.

Nesse momento Arthur fala uma de suas asneiras,  enquanto carregamos caixas e mais caixas, pro apartamento de minha irmã. Passamos pela entrada da garagem, a tempo de ver Cristine entrar em um táxi ainda mais linda, se é que é possível. A mulher é realmente um espetáculo a parte e o pior, é que ela parece não se dar conta disso. Cristine é natural a sua maneira, leve e graciosa de um jeito único, só dela.

— Limpa a baba Guto.— Arthur zomba.

— Como é?— Respondo meio perdido.

— Tudo bem, confesso que a mulher é linda e é realmente difícil não olhar.— Só então me dou conta, que ele fala de Cristine.

— Fala sério, a mulher conseguiu deixar os dois manés de quatro?— Pedro sorrir de sua própria piada e Arthur o acompanha.— Mas sei um jeito de mudar sua ideia Arthur, adivinha só? Ela tem uma filha.— Meu irmão me olha surpreso.

— Cara, sai fora antes que dê merda.— Arthur tem uma certa aversão, a mulheres que tem filhos.

— Não vou casar com a mulher, sem falar que ela tem namorado. O que é de certa forma, um empecilho.

— Nesse caso é melhor ser sensato e se afastar.— Arthur diz convicto. Sou salvo de responder, quando entramos no apartamento de Alice e o assunto acaba. Não queremos confusão certo?

As próximas horas, passamos arrastando móveis por todo o apartamento e subindo caixas. Ao menos Alice sabe organizar caixas como ninguém. Cada uma delas, é levada ao seu cômodo específico, tendo em si sua descrição facilitando bastante. De fato ser
organizada ao extremo, até que ajuda as vezes.

Depois de muito carregar e arrastar, vou até a cozinha, onde ela está com sua atenção presa no fogão e lhe dou um tapa leve na bunda, fazendo com que pule no lugar. Sorrio satisfeito, me sentando no banco perto da ilha e ela me olha ameaçadora.

— Ficou doido? Quando vai parar com isso seu demente?—  A pergunta se deve, ao fato de atormentá-la a muito tempo. Ela odeia que bata em sua bunda.