Capítulo 13

23 6 0
                                    

Uriel correu até a bruxa e bateu as asas, ele desviou da corda e bateu com a asa esquerda nela, que teve equilíbrio e deu apenas alguns passos para trás, ela segurou a asa que bateu nela e puxou, fazendo Uriel vir ao seu encontro, a bruxa deu um soco em Uriel. Vimos o tamanho da força que teve aquele soco, Uriel caiu pra trás. Acho que ele quebrou alguma coisa. Mas logo ele levantou no ar e começou a girar, criando um redemoinho. Entre os ventos eu via apenas as grandes asas curvadas e girando.
-- Se segurem! -- Pérola gritou e procuramos alguma coisa para se segurar e a bruxa flutuou no ar e voou com a ventania indo parar longe, mas ela voltou de imediato, prendendo as mãos de Uriel com a corda e o puxando para o chão. Depois ela puxou a corda e ele veio junto, ela ergueu os braços para cima e começou a rodar, assim como Uriel fez, mas agora ele estava preso e rodando involuntariamente, ele foi jogado na direção da casa, destruindo toda a frente e desmanchando a beleza da casa.

Uriel já estava muito machucado, seu nariz sangrava demais, mas ele não ia desistir.
-- Alteza, suas mãos. -- A bruxa boa falou, apontando para minhas mãos, que brilhavam. Brilhavam? Magia, como eu posso estar com magia?
-- Pérola, vem cá, rápido. -- Peguei a mão dela e transferi um pouco da magia que eu tinha e ela recebeu como se seu espírito voltasse ao corpo, como se a vida tivesse renascido dentro dela. -- Funcionou?
-- Funcionou até demais, vamos matar essa bruxa desgraçada!-- Todas nós corremos até a bruxa, eu fui a primeira a acertar, levantei ela no ar e a joguei com força no chão, logo em seguida a bruxa boa lançou mais uma vez aquele brilho, que ultrapassou o corpo da mulher, puxando muito de sua energia, agora era a vez de Pérola, ela se concentrou e algumas árvores ao seu redor perderam a vida,plantas murcharam, flores perderam suas cores e água surgiu da terra. Pérola controla a água!

Com força Pérola jogou um jato de água na bruxa e em questão de segundos a água se moveu para a cabeça, ela estava afogando a bruxa.

Uriel veio voando e pegou a mulher com força, ele subiu no ar muito rápido, lá de cima, vimos que ele soltou a bruxa, ele ia deixar ela cair.
-- A propósito, como é o seu nome? -- Pérola perguntou ofegante para a bruxa boa ao nosso lado.
-- Meu nome é Meghan, mas pode me chamar de Meg. -- Quando ela terminou de falar, a bruxa atingiu o chão. Nós estamos machucadas, mas ela estava mais. Uriel pousou devagar dessa vez e me encarou.
-- Agora é a hora! -- Ele disse e apontou para a adaga, que estava jogada longe, eu apenas pensei e a adaga veio flutuando até mim. Isso era pelo bem do meu povo, pelo bem de todos. Segurei firme a adaga, estava pronta, mas uma coisa me chamou atenção, ela tinha um colar, era em forma de círculo, com um pequeno brilho branco no interior, um colar estranho para uma bruxa, quanto mais para uma Bruxa Negra, me agachei para ver melhor, realmente era bem diferente. Alguma coisa dizia para eu tirar isso.
-- O que você está fazendo?! -- Uma voz me assustou.
-- Mãe? -- Reconheci a voz dela, atrás de si havia um portal. Ela não estava sem magia?
-- Filha, mata logo essa bruxa! -- Meu pai apareceu logo atrás, examinando toda a cena.
-- Mãe, a senhora já viu esse colar antes?
-- Não toque nisso! -- Ela gritou. -- Só mate essa mulher!
-- Como vocês tem magia? -- Perguntei e ela não respondeu.
-- Garota idiota, deixa que eu faço isso. -- A adaga voou da minha mão e foi parar na mão da minha mãe, como se fossem imãs. Ela começou a andar até a bruxa. Eu criei um arpão e direcionei ele para minha mãe.
-- A senhora já viu esse colar em algum lugar antes? -- Perguntei novamente, aproximando o arpão.
-- O que é isso filha? O que acha que está fazendo? -- Ela ergueu as duas mãos e deixou a adaga cair, mas meu pai fez o mesmo que minha mãe e puxou a adaga. Mas Pérola foi mais rápida e colocou água nos pés dele e Meg congelou, ele estava preso.
-- O que é isso? -- Ele encarou as duas. -- Eu exijo respeito, me soltem suas imprestáveis.
-- Desculpa majestade, mas estamos seguindo a Mel, o que ela pedir para fazermos nós vamos fazemos. -- Uriel disse, guardando as asas.
-- Mel? Que intimidade é essa? Ela é sua princesa garoto!
-- Mãe! -- Não esperei mais nada, apenas segui os meus instintos, me abaixei e puxei o colar.
-- Não! -- Uma luz tomou conta de tudo, eu não via nada, nada mesmo. -- O que você fez?! -- Meus olhos doíam, eu só escutava os gritos agudos da minha mãe e o desespero do meu pai. Mas por que eles estavam assim? Eles queriam que eu apenas matasse a bruxa.

Sob A CoroaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora