Primeiro alarme
"Sakura, eu vou me alistar."
Não, ela não acreditou naquilo. Seu amor, o pai de sua filha iria deixá-la. No momento em que ele disse que iria se juntar aos Tokkotai, Sakura não compreendeu.
Era muito difícil para ela saber que a pessoa que amou por toda a sua vida iria morrer. Mas... Era algo para proteger a nação, sua família, a honra. Ela deveria estar feliz, mas não estava.
Egoísmo é o nome que davam para isso. Ela estava sendo egoísta em menosprezar aquele ato honroso e altruísta que seu marido fazia por todos e principalmente por elas.
Apesar de tentar ficar feliz com isso, a rosada não conseguia.
A dor por saber que logo ele não estaria entre elas, que ele não acompanharia Sarada em sua vida, que não veria a menina crescer, que não passaria o resto de seus dias com ela.. Aquilo a matava por dentro.
Somente as palavras "vou me alistar" a fizeram se desfazer em lágrimas.
É errado, ele dissera. Mas quem não choraria ao estar se encontrando pela última vez com a pessoa que amava? Quem não ficaria triste por... por aquilo? Ela ficava.
No momento em que ele arrumou sua mochila e foi para a base militar, Sakura viu seu mundo se despedaçar. A dor que sentira só aumentava quando ela repassava aquele dia em sua mente.
Semanas depois, o sentimento continuava o mesmo.
Segundo alarme
"Oka-san, otou-san não vem mais?"
Como explicar para sua filha que ele iria morrer?
A pequena sofria com a situação também. Ainda era uma criança, mas ouvia os mais velhos conversando sobre a guerra e a situação do país, só não entendia muita coisa. Uma dessas coisas que ela não entendera era o fato de seu querido pai ter que se afastar dela.
Ao ver os olhinhos negros brilhando pelas lágrimas que se derramavam por sua face, a rosada a abraçou. Aqueles orbes escuros eram os mesmos do pai... Quanta saudade Sakura carregava no peito em somente algumas semanas.
Como ela iria explicar algo que nem ela sabia como ocorrera?
Com a dor rasgando em seu peito, a rosada se pôs a falar.
"Sarada, seu otou-san voa com os passarinhos no céu, ele não pode voltar."
Ele não vai voltar. Somente algo muito fora do comum o faria retornar para casa. E a cada palavra dita, a tristeza aumentava na mesma proporção do orgulho que tentava colocar ao lado daquele sentimento.
"Ele está lá para nos proteger, para cuidar da nação."
Abraçada à pequena, ela a apertava com todas as suas forças, como se seus braços pudessem suprimir toda a dor ou tristeza que pudesse se apossar do corpo da garotinha.
"Sasuke-kun está honrando nossa família e para fazer isso, não pode ficar aqui conosco."
Apesar de tudo aquilo que sentia, a mulher tentava mostrar para a filha que a distância entre ele e sua família era algo benéfico. Ela ainda mantinha a ideia de que ele pudesse retornar... Mas como lidar com seus amigos e vizinhos? Eles iriam trata-los como lixo por seu marido ter falhado em sua missão...
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Genshi Bakudan
FanfictionPrimeiro alarme: "Sakura, eu vou me alistar" Segundo alarme: "Oka-san, otou-san não vem mais?" Terceiro alarme: "À minha família..." "Sakura, Sarada, esperem por mim..."